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Absolvido mecânico acusado de tentar matar irmã

TJGO - 14 de setembro de 2007 - 02:35

O mecânico José Wilton da Costa Silva, de 44 anos, foi absolvido hoje (14) pelo 1º Tribunal do Júri de Goiânia da acusação de tentativa de homicídio contra a sua irmã, Wilnelvia de Jesus da Costa Silva, 29. Por entender que não havia provas nos autos para sustentar uma condenação, o Ministério Público estadual (MP), retificou sua tese e em plenário pediu a absolvição do acusado, no que concordou a defesa. O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, que presidiu a sessão, determinou que José Wilton seja colocado em liberdade, se por outro motivo não estiver preso.

O fato ocorreu por volta das 16 horas de 8 de abril de 1999, na viela SC-26-A, no Parque Santa Rita, em Goiânia. Segundo a denúncia, o réu espancou sua irmã, dando início a uma uma conduta homicída que só não se consumou por circunstâncias alheias à sua vontade. Foi apurado que José Wilton é muito agressivo, tendo espancado os familiares várias vezes, além de ser usuário de drogas e de provocar "quebradeiras" em casa. O MP aduziu que José Jovino da Silva, pai do réu e da vítima, ao chegar em casa, no dia do fato, encontrou a filha desfalecida em uma cama.

Em seguida, Wilnelvia foi encaminha ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde permaneceu internada em estado de coma, durante três dias. Logo depois, foi levada para o Hospital das Clínicas, e em seguinda para o Instituto de Psiquiatria Professor Wassily Chuc. De acordo com Laudo Médico Legal, Wilnelvia sofreu traumatismo crânio-encefálico, "apresentando alterações psiquiátricas próprias da Síndrome Pós-Traumática e sem condições de exercer suas atividades habituais". O laudo diz ainda que a vítima era uma pessoa normal, tanto que na época do fato cursava o 3º ano do 2º grau, mas devido ao espancamento deixou a escola por apresentar distúrbios mentais.

Ouvido em juízo, José Wilton contou que a acusação não procedia, alegando que não espancou a irmã e nunca teve problema de relacionamento com ela. Contou que não é usuário de drogas e que fez tratamento mental quando trabalhava com alta tensão, em uma empresa de energia elétrica no Estado do Tocantins, tendo se aposentado em razão de acidente de trabalho, cuja aposentadoria era recebida por Wilnelvia, que não lhe repassava o dinheiro. (Sheila Cavalcante)

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