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A sociedade pós mídias sociais

Acácia Lima - 15 de janeiro de 2014 - 19:08

Desde o surgimento da primeira mídia social, em 1995, com a criação do site ClassMates.com, seguido do AOL Messenger, de 1997, o mundo assistiu uma verdadeira revolução na comunicação humana e no volume de informações. Com a explosão do Facebook a partir de 2010, as mídias sociais deixaram de ser apenas modismo e um lugar para amigos e família se encontrarem. Mais do que qualquer escola, as redes têm ensinado uma nova linguagem de vendas para a mídia convencional de massa e proporcionado uma maior democracia entre as marcas. Aqui, vale mais o bom relacionamento do que uma arte muito bem elaborada.

Vivemos numa comunidade cada vez mais conectada. Em 2014 teremos mais celulares do que pessoas no mundo, e já consumimos mais smartphones do que celulares que "apenas falam". Isso equivale a dizer que estamos todos disponíveis online, a um toque de distância, dia e noite, em qualquer lugar. Dessa forma, é fácil concordar com o vice-presidente de marketing de produto do Facebook, Brian Boland, quando ele diz que “o termo ‘mídia social’ será usado cada vez menos. A expressão ficará obsoleta na medida em que o mercado publicitário (e as marcas) entenderem que plataformas digitais já são veículos de massa. A internet está evoluindo para ser um dos meios com maior impacto quando o assunto é engajamento em escala, e capaz de atender aos objetivos de negócio dos anunciantes”.

Uma pesquisa da Forrest, divulgada pela AdAge, revela que os brasileiros passam três vezes mais tempo na internet do que assistindo televisão. São 23,8 horas por semana plugados contra as 6,2 horas diante da TV. Cerca de 89% dos entrevistados pela Forrest afirmam visitar as redes sociais regularmente. Segundo o IBGE, apenas 42 minutos semanais são destinados à leitura de livros e 61% dos brasileiros fazem atividades simultâneas.

Portanto, sem a segmentação de horário nobre como a TV, a internet tem público ativo 24 horas por dia. Pessoas e marcas estão "misturadas" no ambiente online e há liberdade de interferência de um e de outro no cotidiano virtual, o que tem trazido mais responsabilidade às empresas no tocante, principalmente, as mídias sociais. Sendo assim, uma maior coerência e um serviço de atendimento em tempo real tem se mostrado uma necessidade sine qua non ao mercado. Empoderamento do consumidor, resultado fruto das mídias sociais, e produtos e serviços melhores são apenas algumas das razões pelas quais as redes sociais vieram para ficar.

A globalização, iniciada na era das descobertas e viagens ao Novo Mundo pelos europeus e popularizada na década de 1990 - cuja característica principal é a presença maciça de marcas mundiais, ganha com o avanço das mídias sociais mais democracia e liberdade: de qualquer tamanho e expressão, qualquer marca pode aparecer e crescer com os baixos custos que as redes ainda oferecem. O negócio é aproveitar.

Acácia Lima é jornalista e CEO da YellowA, agência especializada em mídias sociais.

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