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Geral

A prevalência de incapacidade funcional nos idosos

Agência Notisa - 07 de novembro de 2007 - 06:49

Pessoas analfabetas, com baixa qualidade de vida, saúde referida ruim/moderada, aposentadas, bem como aquelas pessoas com maior número de morbidades e seqüelas têm mais chances de não conseguir desenvolver determinadas funções.

A capacidade funcional é entendida como a habilidade física e mental para manter uma vida independente e autônoma. Opostamente, a incapacidade funcional define-se pela presença de dificuldade ou mesmo pela impossibilidade no desempenho de determinadas atividades básicas da vida cotidiana. Com o envelhecimento, muitos idosos não conseguem mais fazer algumas atividades do seu dia-a-dia. Nesse sentido, Marcos Pattussi e equipe da Universidade do Vale do Rio dos Sinos resolveram estimar a prevalência de incapacidade funcional em idosos e seus fatores associados.

Participaram do trabalho 352 pessoas com idade maior ou igual 60 anos do Município de Guatambu, em Santa Catarina. Todas foram submetidas a entrevistas realizadas pelos agentes de saúde. De acordo com artigo publicado na edição de novembro dos Cadernos de Saúde Pública, “o processo de envelhecimento tem preocupado, especialmente nos países em desenvolvimento, quando a discussão atinge a questão da capacidade dos sistemas de saúde para acolher a crescente demanda desta faixa etária da população”.

Os resultados do estudo mostram que a prevalência de algum tipo de incapacidade funcional (leve, moderada, grave ou total) foi igual a 30,5%, sendo maior nos analfabetos; nas pessoas com qualidade de vida baixa, nas pessoas com saúde referida ruim/moderada; nas aposentadas, bem como nas pessoas com maior número de morbidades e seqüelas associadas. A equipe explica que “baixos níveis de educação e piores condições sócio-econômicas estão associados a maiores riscos de deficiência e morte. Oportunidades de aprendizado podem ajudar as pessoas a desenvolver as habilidades e confiança para se adaptar e desenvolver um processo de envelhecimento saudável. Idosos com melhores condições financeiras geralmente possuem melhor acesso à prevenção, tratamento e reabilitação”.



Dessa forma, os especialistas sugerem que a capacidade funcional depende da interação de fatores multidimensionais incluindo a saúde física, independência na vida diária, aspectos econômicos e psicossociais. “Com isso, o foco de atenção ao idoso é ampliado e melhores estratégias de planejamento, implementação e avaliação de ações podem ser encontradas com vistas à melhoria da qualidade de vida de uma população que embora seja a que mais cresça em nosso país, ainda é uma das mais excluídas das políticas públicas”, destacam no artigo.



Agência Notisa (jornalismo científico - science journalism)

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