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Geral

A política, os políticos e o eleitor

Manoel Afonso - 02 de março de 2015 - 16:24

No Brasil é atualíssimo o antigo conceito de que ‘a política é importante demais na nossa vida para ser cuidada pelos políticos profissionais ’ O diabo é que os amadores de ontem são os especialistas de hoje que se adaptaram ao sistema corrupto. Eles chegaram, gostaram e se apossaram.


A imagem da política não é das melhores. A percepção geral é de que os políticos deixam de priorizar os interesses da população em benefício próprio. Claro, isso não é obra do acaso. Além dos fatores conhecidos, pesa também o sistema eleitoral que torna o voto obrigatório inclusive do eleitor analfabeto.


Nunca é demais lembrar que desde 1932 vigora o sistema proporcional que beneficia apenas alguns setores sociais. Vota-se na sigla do partido, qualquer que seja o local onde o candidato more, mesmo que seja distante do domicílio do eleitor. Se não há identificação entre eleitor e candidato, não haverá chances de cobranças.


Percebe-se então que o casamento e o divórcio entre candidato e eleitor ocorrem no ato da votação. Um casamento sem namoro, sem comprometimento. Depois da votação, cada um para seu lado – ponto final!


É nestas águas conturbadas do oceano político, onde os escândalos se sucedem, onde de cada 10 parlamentares federais 4 estão sendo investigados no STF, é que se renova a pregação pela reforma política. É a mesma reforma anunciada e abafada durante os Governos de FHC e Lula. Inconfiável portanto!


A mídia vem cumprindo seu papel, noticiando fatos e mostrando os políticos e agentes públicos envolvidos em corrupção. Essa mesma mídia vem fornecendo subsídios ao eleitor para se inteirar da realidade política e não se omitir nos próximos pleitos.


Quanto ao eleitorado, é dividido em dois grupos. O primeiro deles agrega eleitores que simplesmente votam adotando o estilo de permuta. A vantagem pessoal imediata é o que conta, sem qualquer compromisso com o país e o futuro. O segundo – em menor escala – congrega aqueles que pensam melhor e maior, e que pelo placar das duas últimas eleições, não foram ouvidos – infelizmente.


O que se espera, é que o país não se transforme num grande Maranhão, onde os programas sociais – atendendo 50% da população – decidem as eleições.


Basta de gado marcado!


De leve...

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