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A maior parte dos idosos usa mais de um medicamento

Agência Notisa - 23 de novembro de 2004 - 15:19

Pesquisa mostra que anti-hipertensivos, estrógenos e progesteronas e antidepressivos são os mais utilizados.

Cerca de 10% da população brasileira é constituída por pessoas acima de 55 anos. Esse índice, no entanto, vem aumentando com o passar dos anos, e, com ele, a utilização de medicamentos. Para se ter uma idéia, muitos idosos chegam a utilizar diariamente mais de quatro tipos de remédios, sejam eles prescritos ou de venda livre. Levando isso em consideração, pesquisadores da Universidade de Ribeirão Preto resolveram fazer um levantamento farmacoepidemiológico com 35 idosos, que fazem parte do Projeto Renascer.

De acordo com artigo publicado na edição de abril/junho de 2004 da revista Ciência & Saúde Coletiva, “os idosos são considerados uma população especial, porque às vezes se esquecem de tomar os medicamentos prescritos ou fazem uso destes de maneira inapropriada”. O levantamento dos dados foi feito através da utilização de questionários.

Segundo a equipe, dos 35 pacientes entrevistados 33 eram mulheres e 2 homens. A média de idade foi de 64,9 anos. Os pesquisadores constataram que os remédios mais utilizados pelos idosos eram os anti-hipertensivos, estrógenos e progesteronas e antidepressivos, sendo que 24 faziam uso crônico de politerapia, ou seja, de mais de um medicamento.

Eles verificaram ainda que muitos utilizam remédios de venda livre: “observamos que 16 pacientes não utilizam medicamentos sem prescrição médica, enquanto 19 entrevistados utilizam de um a quatro medicamentos sem prescrição médica”. Eles alertam para o fato de que, apesar de esses fármacos serem de venda livre, eles não inócuos. “Além disso, esses pacientes possuem várias alterações fisiológicas comuns à idade, que podem alterar significativamente a biodisponibilidade dos medicamentos”, afirmam no artigo.

Dessa forma, a equipe ressalta a importância de os indivíduos dessa faixa etária serem acompanhados durante o tratamento farmacoterapêutico. E não é só isso: segundo os pesquisadores, “cabe ao farmacêutico um papel importante no contato com esses pacientes, aconselhando-os na utilização dos medicamentos prescritos e não prescritos, e garantindo que estão cumprindo a prescrição de maneira correta”.

Agência Notisa (jornalismo científico - science journalism)

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