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A incidência do uso de drogas no interior

Agência Notisa - 30 de agosto de 2004 - 09:04

Na cidade de Assis, em São Paulo, entre alunos da quinta série do ensino fundamental à terceira série do ensino médio, das redes pública e privada, sete em cada dez já tomaram bebida alcoólica pelo menos uma vez na vida. Quanto ao tabaco, cerca de 23% dos estudantes já consumiram cigarros. Maconha e cocaína já foram usadas por 6,6% e 1,6% desses jovens, respectivamente. A maior prevalência de uso de drogas foi verificada entre alunos das escolas particulares, provavelmente porque eles têm maior disponibilidade de recursos financeiros para a aquisição dos produtos. Esses dados foram levantados por José Luiz Guimarães e sua equipe, do Departamento de Psicologia Experimental e do Trabalho da Universidade do Estado de São Paulo (Unesp).

Os pesquisadores investigaram mais de dois mil alunos, através da aplicação de questionários elaborados segundo critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS). Mais de 95% dos estudantes tinham idade inferior a 18 anos. “Os índices de consumo de drogas nas escolas de Assis são semelhantes aos encontrados para a cidade de São Paulo e um pouco inferiores aos de outras capitais do país. São bem inferiores aos índices dos países desenvolvidos”, comentam José Luiz e sua equipe em artigo publicado na Revista de Saúde Pública, na edição de fevereiro de 2004.

As moças se destacaram pelo uso de remédios calmantes. Já os rapazes relataram maior consumo de maconha, cocaína e solventes. Em relação ao consumo de tabaco e álcool, não houve diferença estatisticamente significativa entre os sexos. Ainda de acordo com os resultados da pesquisa, jovens que nunca usaram drogas são mais assíduos às aulas.

“O consumo abusivo de drogas é mais um sintoma do que a causa de problemas em nossa sociedade e deve ser tratado tendo em vista a complexidade e magnitude do assunto”, dizem José Luiz e sua equipe no artigo. “A forma mais eficaz de minimizar o problema é o desenvolvimento de ações preventivas específicas para cada segmento e faixa etária, tendo como objetivo a valorização da saúde e o respeito à vida”, sugerem.



Agência Notisa (jornalismo científico - scientific journalism)

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