Introdução.

Por trás da vasta oferta de produtos existente no mercado atualmente, que inclui planos de saúde individual, familiar e empresarial, sendo que muito deles passaram a cobrir, obrigatoriamente, certos medicamentos e procedimentos, há concepções econômicas de grande valia no sentido de estabelecer uma melhor gestão dos serviços de saúde.

É preciso que os economistas compreendam o campo da assistência da saúde mediante a percepção que este não se resume apenas a organizações distribuidoras de bens e saúde. Prover a população com assistência de saúde implica também auxiliar as pessoas a ultrapassar dificuldades e inconvenientes da vida, cuja tradução em números é impossível de ser realizada.

Relação entre Economia e Saúde.
Economia e saúde estão estreitamente ligadas das seguintes formas: o estudo, a pesquisa sistemática e a aplicação de ferramentas econômicas a questões tanto estratégicas como operacionais do setor de saúde desaguaram na Economia da saúde.

Seguindo, as condições de vida de diversas amostras populacionais e seus desdobramentos sobre a saúde são objeto de estudo mediante o estabelecimento de conexões entre indicadores socioeconômicos e estatísticos do setor de saúde, como por exemplo, a renda e a mortalidade infantil. Pode-se concluir das duas variáveis mencionadas, que quanto menor a renda familiar, maior o número de óbitos de crianças até o primeiro ano de vida.

Ainda nessa linha, alguns estudos de cunho econômico demonstram com consistência o impacto do desenvolvimento econômico no nível de saúde de uma determinada população; ou ainda, a distribuição geográfica dos recursos à saúde; trabalhos comparativos entre sistemas de saúde de vários países; análises sobre os resultados concretos de programas específicos de intervenção na comunidade; dentre outros.

Quem ensina Economia da saúde?
Essa pergunta tem gerado muitas controvérsias.Alguns acadêmicos acreditam que a disciplina deve ser lecionada por um departamento de Economia e, assim, ministrada por um economista a partir de conceitos fundamentais que levarão os estudantes às aplicações específicas.

Por outro lado, outros professores sustentam que a matéria deve ser ensinada por profissionais multidisciplinares, o que inclui acadêmicos da área de saúde, com a coordenação de um economista qualificado.

Por fim, os economistas argumentam que a disciplina Economia da Saúde compõe cursos de especialização e pós-graduação como parte obrigatória ou eletiva, no processo de formação de administradores de saúde. Entretanto, nos cursos mencionados há uma presença bastante heterogênea de formações universitárias com nítido predomínio de profissionais da Medicina e da Enfermagem, cujos conhecimentos da área econômica não o qualificam a um adequado acompanhamento da matéria Economia da Saúde.