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Geral

A hora da felicidade

Pedro Bellentani Quintino de Oliveira - 20 de dezembro de 2014 - 08:48

Meus pais sempre me disseram que na vida tudo tem sua hora. Mas talvez eu fosse imaturo demais para entender esse pensamento, que nunca me fazia sentido. E quando eu lhes perguntava quando seria a hora certa, a resposta era sempre a mesma: somente o tempo irá dizer. Soava tudo muito estranho e complexo para uma criança, como se fosse um enigma a ser decifrado. Quer dizer que tudo na vida tem sua hora, sendo que essa hora depende exclusivamente do tempo? Era o suficiente para a minha revolta, com choros e pontapés desferidos no ar. Então, o tempo passou. Hoje, finalmente, decifrei o enigma. Meus pais estavam certos. Com o passar dos anos a vida ensina que para conquistarmos nossos sonhos e objetivos é preciso ter paciência e esperar pela hora certa, que nem sempre é aquela que imaginamos ou queremos. A hora é sorrateira e esconde seus segredos entre os dias e as noites. É claro que algumas vezes queremos monitorar o tempo por meio de um controle remoto, como fazemos com os filmes na televisão. Dá vontade de pausar, voltar um pouco, pausar de novo, depois passar para frente. Felizmente, esse controle só existe nos filmes. Os bons momentos, aqueles que gostaríamos que o tempo parasse por um instante, simplesmente escorregam pelos nossos dedos como água, virando memórias instantâneas.

Também o tempo nos obriga a enfrentar situações que gostaríamos que jamais existissem ou que passassem em um piscar de olhos. Mas tudo isso não vai além de um capricho da vida, que nos dá com exatidão o tempo que precisamos para viver cada momento. Nem um segundo a mais, nem um segundo a menos. Temos exatamente o tempo que precisamos para tirar daquele instante um aprendizado. Vivemos em uma geração da impaciência, onde esperar é perder tempo. Os resultados devem ser imediatos, a comunicação instantânea e a comida fast food. Esse ritmo frenético faz com que as coisas boas da vida passem despercebidas. Por isso, relaxe, não se deixe levar pela pressa, pois ela é inimiga do tempo e impede a perfeição. É época de Natal, e Ano Novo também. É tempo de reunir familiares e amigos para celebrar a vida. Aproveite e desfrute de cada minuto como se fosse o último. Seja feliz. Abrace, beije, sorria e chore mais, porque o tempo, já cantava Agenor de Miranda Araújo Neto, ou simplesmente Cazuza, o tempo não para.

PEDRO BELLENTANI QUINTINO DE OLIVEIRA
Bacharel em Direito pela Universidade Mackenzie, advogado, mestrando em Direito pela Unesp/Franca

Fonte: Diário da Região

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