Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quinta, 28 de Março de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

A homenagem de Manoel Afonso a Nelson Oliveira

Manoel Afonso - 24 de setembro de 2005 - 10:11

NELSINHO. VEIO... VIU E VENCEU. ELE MERECE!
“Nem todos os caminhos são para
todos os caminhantes.” (Goethe)

“Muitos amigos não sabem o quanto são amigos...amigos você não conhece. Você reconhece”, dizia Vinicius de Moraes. Do Nelsinho posso falar de cátedra. Nossa amizade vem de muito longe; vem dos sonhos e das horas de conquistas, de perdas, de dúvidas e de companheirismo. É amizade que brota como água no pé da serra, não seca nunca; é como figueira em coqueiro bacuri, em mourão de porteira: enraíza e não sai mais, faça chuva, faça sol.
Quando disse ao Girotto que estava escrevendo uma crônica para homenagear o Nelsinho, ele ponderou na hora: “Ele merece!” Com isso, acendeu a luz e mudei o título provisório, acrescentando sua expontânea frase. Aliás, como meu jornalismo é no pulsar do coração, tento resumir o que penso e sinto desde o título, que é a síntese do texto.
Quando visitamos Cassilândia, ainda em 1973, à convite dos irmãos Cemi e Celso, conhecemos o Nelsinho, que nos deu uma injeção de ânimo. Conversamos com ele e notei: era uma pessoa popular e aberta a um bom papo sobre os mais variados assuntos e que tinha uma visão otimista da região.
Conversar com o Nelsinho era compromisso diário obrigatório, quer no Banco Real, no Bemat, no escritório ou no antigo Bar do Raulino. As notícias do dia a dia da comunidade eram dissecadas e iam da política ao futebol. Como todo bom Corinthiano é fanático e ponto final! Nem mais e nem menos.
Essa amizade sadia gerou laços recíprocos gratificantes. Ele sempre nos participava de decisões importantes. Foi assim quando deixou o escritório do saudoso Dario , para montar o seu próprio negócio, quando pretendeu se casar e quando comprou seu primeiro imóvel rural. Enfim, acompanhamos de perto sua trajetória de garra, de quem não esmorece rumo às conquistas. Foi assim na profissão e no contexto social da sociedade – da qual sempre participou.
Ir à Cassilândia e não falar com o Nelsinho é como ir à Roma e não ver o Papa. Na última vez, matamos a saudade do ontem, e comemoramos o presente, do qual não se cansa de agradecer a Deus. Casado, apaixonado pela Lizieux, conseguiu dar formação excepcional aos dois filhos, uma médica e um juiz de direito. Aliás, quando fala deles, seus olhos brilham e ele se transforma! Reconhece que ambos tem sido motivos de referência e orgulho inclusive. Afinal, nos tempos atuais, preparar os filhos para a vida tão competitiva não é tarefa fácil.
Mas nosso homenageado, reconhece que está com o “burro na sombra”, e que os tempos difíceis ficaram para trás, mas nem por isso perde a motivação para o trabalho e melhora de sua qualidade de vida.
Como se diz: o Nelsinho é o cara que nos aprendemos a gostar exatamente como é. Ele, sempre foi generoso e autêntico em suas manifestações. Jamais adotou a hipocrisia. O Nelsinho, não orgulha apenas seus familiares. Orgulha a todos nós que pertencemos ao seu círculo de amizade. Orgulha a cidade, que ele adotou como sua, à qual dá sua parcela de contribuição há mais de trinta anos.
O Nelsinho, pode andar de cabeça erguida, sem medo, porque cumpriu com todos os deveres de um bom cidadão. Ele, é do bem! Merece essa homenagem, meu abraço e um beijo no coração.

(O Autor é comentarista da TV-Record-MS.)



























SIGA-NOS NO Google News