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A difícil arte de ser candidato

Manoel Afonso - 27 de julho de 2014 - 15:00

A difícil arte de ser candidato

É GRAVE! A antepenúltima colocação de MS no ranking nacional das emendas após o advento do Orçamento Impositivo deixa os nossos parlamentares de saia justa. Como estamos em ano de eleições, presume-se que eles devam se explicar.


INDAGO: Como MS ‘conseguiu’ ter menos poder de fogo do que Rondônia, Sergipe e Acre para aprovar as emendas parlamentares? Aliás, se Vander (coordenador atual da bancada) preferiu o silêncio, infelizmente foi seguido pelos demais colegas.


DESABAFO: Não se pede milagres, não se questiona o custo mensal deles. Há que se levar em conta o fator distância inclusive, mas espera-se competência ou pelo menos empenho nas causas que interessam ao nosso Estado e ao seu povo.


COMPARAÇÕES Não faltam! Após a criação do MS elas se resumiam entre a nossa bancada e de Mato Grosso. Perdíamos de goleada! Agora piorou, pois além dos cuiabanos, perdemos para Estados que antes eram tidos como nanicos.


BALANÇO Em 2014 a ‘bancada-MS’ apresentou 9 projetos de lei e debateu os conflitos agrários. Mas esse não é o âmago da questão, pois o analista Antonio Queiroz, (DIAP) lembra bem: “uma bancada boa garante verbas para o Estado.”


A PROPÓSITO: Se na visão do diretor do DIAP – Delcídio e Fábio Trad são os que mais se destacam por várias razões, Marçal, Resende, Vander, Mandeta, Biffi e Azambuja não tem visibilidade e capacidade de articulação no Congresso.


CONGRESSO Nele há duas vertentes para se destacar: institucionalmente – como é o caso de Fábio, (nota 10 em Direito), ou por liderança pessoal e currículo ( Delcídio) que garanta bom trânsito no Executivo e adjacências do poder.


AJUIZADO Perguntaram ao Londres porque não tentava a Câmara e ele respondeu: “Ideal é o parlamentar especialista numa área para atuar e efetivamente contribuir e se destacar nas comissões, sob pena de frustrar a si próprio e os eleitores.”


EXECUTIVO É o sonho da maioria dos parlamentares- pelo poder mágico da caneta. Poucos tem – além do preparo intelectual e político – a vocação exclusiva para legislar e participar do debate da vida nacional sob o ponto de vista institucional.


REFLEXÃO Será que o eleitor usa deste raciocínio na escolha de seus candidatos ao Congresso? Eles estão realmente preparados para a missão, orgulhando-nos inclusive, ou usarão do cargo como trampolim ao Executivo estadual ou municipal?


O MESMO critério deveria ser adotado quanto a Assembleia Legislativa. Quantos passaram pela Casa sem deixar sua marca! Quantos – também sem preparo - acalentam esse sonho por vaidade pura, equívocos e outros interesses duvidosos!


VEREADORES Como cabos eleitorais naturais terão mesmo o poder de captar e transferir votos? É que hoje o eleitor anda desconfiado das ‘intenções’ da vereança e dependerá do cenário em cada cidade e de uma serie de circunstâncias.


A INFLUÊNCIA deles é grande nas eleições para AL, Câmara e Senado; já ao governo estadual pode prevalecer o fator pessoalidade dos postulantes. Mas pelo sim e pelo não, os candidatos tentam manter boas relações com os vereadores.


TELEVISÃO Ela será a grande arma nestas eleições, pela sua abrangência em todas as classes sociais e devido ao poder de sedução das imagens no imaginário popular. Pelas inserções partidárias que tem havido, é possível fazer previsões do futuro.


2º TURNO Ganha espaço relevante nas conversas de bastidores das 3 candidaturas. Haverá? Quem iria com quem? Como atravessar o 1º turno sem causar atritos maiores com futuros aliados? Mas qual seria a reação do eleitor diante deste viés?


MAMADEIRA Depois a classe política reclama de seu conceito e imagem ruins. Os vereadores de Três Lagoas insaciáveis: querem que o dinheiro da iluminação pública entre no bolo de onde sai a fatia da Câmara e deles ( é claro!).


BOM NEGÓCIO A luta pelo poder rende novas atividades paralelas. A cada eleição mais profissionais oferecem assessoria de marketing, estratégia/gestão de redes sociais. Se eleito, o candidato pode debitar esse gasto na conta do contribuinte.


MUDANÇAS Candidato de hoje é diferente de ontem. Lembra um garoto propaganda onde conta a aparência (corte de cabelo e clareamento dental inclusive), timbre de voz, combinação de roupas, expressões faciais e postura frente as câmaras.


RISCOS Os excessos destes artifícios no vídeo podem decepcionar o leitor quando do seu contato pessoal com o candidato. É o imaginário não correspondendo a realidade. Aliás, como na vida artística, nem sempre tudo que parece é verdadeiro.


CAMPANHA O fim da Copa não liberou o início pra valer. Vai se procrastinando até começar o horário eleitoral. Até lá os times são definidos, com as desistências inclusive. As pesquisas e as notícias plantadas vão dando o tempero ao ‘caldeirão’.


BOBAGENS Como dizia João Ubaldo Ribeiro: “Só falta lei para normatizar o uso do papel higiênico e as relações sexuais.” Nossos parlamentares fritam bolinhos em outra galáxia, custam caro e criam leis impraticáveis. Até quando isso?


EXEMPLO Cada estabelecimento comercial da capital é obrigado a deixar a mostra o exemplar do Código do Consumidor. Até parece que estamos na Noruega, pois a gente sabe que isso é pura utopia, na pratica não funciona. ‘Menos, please’!


“A tarefa de viver é dura, mas fascinante”. ( Ariano Suassuna )

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