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A crônica do Corino: Transa cowboy

Corino Rodrigues de Alvarenga - 14 de janeiro de 2007 - 07:17

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Uma amiga me contou que a pior transa é a cowboy. Estávamos conversando ontem, entre uma cervejinha e outra, e ela saiu com essa. Larissa é assim mesmo: extravagante, surpreendente, sui generis.
Aliás, para dizer logo a verdade de pronto, ela não gosta de música sertaneja, prefere Cazuza e Caetano, e adora tirar onda com os caipiras como este cronista. Eu não tenho culpa de ter nascido caipira, de gostar de moda de viola e de ser amante do catiretê, ou tenho culpa de ter nascido assim?
Mas a desbocada saiu com essa. E me custa contar logo de imediato o que a moça teve a ousadia de dizer. Tenho cá os meus princípios e não iria emporcalhar o meu trabalho com uma picardia – ou seria uma promiscuidade? – dessas.
Mas, ela baseada na brutalidade do mundo dos rodeios e na passividade das mulheres diante de tamanho machismo, resolveu abrir o jogo e dizer o que é mesmo a transa cowboy.
Mas, antes de falar sobre a tal transa cowboy, eu quero abordar a importância do mundo dos rodeios na vida dos povos sertanejos de minha terra, o Mato Grosso do Sul, de Goiás, de Minas, do Paraná, de Santa Catarina, de São Paulo, e de vários Estados brasileiros.
O mundo das montarias é fascinante. Além de belíssimo espetáculo, ainda que desagrade às entidades defensoras dos direitos dos animais, o rodeio mexe com a economia dos municípios, empolga jovens com talento para montar em touros e cavalos e faz do caipira da roça um cidadão “chique no urtimo”. É a redenção do tabaréu. É a sua vitrine. Com as bênçãos de nossa Senhora Aparecida.
Tudo bem, tudo bem. Você está curioso para saber como funciona a transa cowboy? Tudo bem, tudo bem. Eu vou contar. Só não sei se será censurada. Talvez o horário não seja próprio. Talvez o patrocinador não aceite esse tipo de coisa. Mas, se até em novela das sete, há promiscuidade, por que não posso contar aqui uma coisa dessa?
Então lá vai. E segura aí firme, peão!
A transa cowboy, segundo me contou a amiga Larissa, funciona assim: o sujeito está com a mulher na cama, numa montaria perfeita, segura em seus cabelos - como se fosse um cowboy no brete, agarrando a rédea e esperando a hora de viajar na arena -, dá um tapa bem firme, trabalha a espora e grita em alto e bom som o nome de outra mulher.
Quer saber o resultado?
Se o cara for cowboy mesmo, ele agüenta o tranco e fica oito segundos em cima dela.

Corino Rodrigues de Alvarenga
Contato com o colunista:
[email protected]

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