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A crônica do Corino - Perdão, leitor

Corino Rodrigues de Alvarenga - 05 de março de 2007 - 08:34

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Perdão, leitor

Esta madrugada de segunda-feira está sendo diferente para mim.
Depois de ter sido injusto com muita gente, de ter dito coisas absurdas com alguns amigos ao longo da vida, de não ter sido o melhor amigo que as pessoas esperavam, de ter pisado na bola comigo e com o mundo, eis-me aqui, nesta madrugada, pedindo perdão.
E justamente eu, que sou tão crítico, tão metido a ser certinho, ser isso, ser aquilo. Não. Não tenho o direito de continuar sendo injusto com as pessoas. Às vezes até numa brincadeira de mau gosto você diz uma coisa, sem segundas intenções, mas não adianta: você está errando, está magoando e, portanto, não está sendo o melhor amigo que as pessoas esperam.
Em função disso mesmo, estou tirando o dia de hoje para pedir desculpa e perdão a todo mundo, de forma indistinta; portanto, a melhor maneira é pedir desculpa e perdão a você que está lendo esta crônica agora.
Pedindo a todos, o erro que cometi fica implícito, não é devidamente explicado, é verdade. Mas o que importa é a minha boa intenção: não posso e não pretendo continuar sendo injusto com as pessoas.
Esta é a crônica do perdão.
E não adianta ficar dizendo:
- Eu só digo o que penso. Exagero às vezes, mas só digo o que penso.
Não! Não! Não!
Não existe justificativa para palavras mal colocadas, malditas ou mal interpretadas. Nada justifica uma palavra ou uma frase utilizada na hora errada – pessoalmente, on line ou por telefone -, naquela hora que a pessoa esperava de você outra atitude, outro gesto, uma palavra mais dócil e mais amiga.
E como eu tenho cometido esse tipo de erro nas minhas relações interpessoais!
É por isso que estou aqui pedindo perdão a você também, prezadíssimo leitor, prezadíssima leitora.
Se você é uma dessas pessoas que adoram fazer correntes humanas, aproveite a oportunidade e peça perdão a sua sogra, a seu namorado ou namorada, esposa ou esposo, a seus filhos, a seus amigos e também a seus inimigos. E, principalmente, a seus inimigos.
Eu vou passar o dia de hoje pedindo perdão e desculpa aos meus inimigos.
Como a lista é extensa, comecei logo às 5h20 da manhã. Acredito que a missão irá até lá pela meia-noite. É gente que não acaba mais.
O Ministério da Saúde deveria publicar algo assim também nas carteiras de cigarro da Souza Cruz: “O Ministério da Saúde adverte: não pedir perdão faz mal à saúde.”
Ou assim: “O Ministério da Saúde adverte: não pedir perdão provoca câncer e impotência sexual.”
Quanto ao termo “impotência sexual”, iria ser um corre-corre: todo mundo pedindo perdão. Câncer não assusta tanto os mais machistas, pervertidos e debochados, mas impotência sexual, ai, ai...
Para pôr um fim ao ora exposto, não posso declinar da vertente principal:
- Perdão, leitor! Perdão, leitora! Quantos erros gramaticais não tenho cometido neste período? Quantos absurdos não tenho publicado? Quantas besteiras não tenho dito? E, sobretudo, perdão pelos erros que ainda irei cometer. É um pedido de perdão antecipado – igual habeas corpus preventivo, com efeito in totum, pleno.

Corino Rodrigues de Alvarenga
Contato com o colunista:
[email protected]

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