O inter é internacional

O Inter de Porto Alegre já é tri brasileiro. Já havia conquistado o título da Libertadores e se tornado, portanto, inter, o intercontinental.
Mas era pouco: o Inter tinha que fazer jus ao teu nome e tornou-se, ontem, no Japão, o Inter Internacional. Agora é o Internacional Internacional, o melhor do mundo, o melhor de todos.
O supertime do Barcelona, com o gremista de coração Ronaldinho Gaúcho e companhia, já havia sido declarado pela imprensa espanhola e européia como o já campeão do mundo. Um jornal espanhol chegou a prever uma goleada de 5 a 0.
Mas do outro lado,meu amigo, estava o Internacional, com a tradicional garra gaúcha e com o baião-de-dois do cearense Iarley. Quem foi para coroar Ronaldinho como o melhor do planeta, viu o reserva adriano avermelhar a festa azul-grená do Barça.
O 1 a 0 obtido pelo Inter deixou claro que o futebol brasileiro é altamente competitivo.
A meu ver o Inter jogou o velho futebol europeu, de muita marcação e organização tática, com muita força física, sem, no entanto, ser um time violento. O Barça lembrou mais o futebol brasileiro de 1982, de Zico, Sócrates e Falcão: muita técnica e pouca pegada. O Inter não deixou o Barça respirar e jogou forte, organizado, sob as rédeas de Abelão.
O Abel lembrou os seus tempos de zagueiro vascaíno, de muita marcação, garra. Índio e Fabiano Eller reviveram estes tempos. A zaga esteve perfeita. O meio de campo, formiguinha. E o ataque, sem essa criatividade, mas eficiente: na primeira oportunidade, aos 37, o reserva Adriano, que deve ganhar um salário mil vezes menor do que o de qualquer reserva do Barça, foi lá e jogou a pá de cal nas pretensões espanholas.
Deu Brasil. Deu Internacional, o time macho do Rio Grande do Sul, tchê!
Só tenho um recado para o simpático Ronaldinho Gaúcho:
- Tome mais chimarrão, guri! Tome mais chimarrão, piá!
Viva o Inter. O Inter, agora mais do que nunca, é o Internacional. Com taça e tudo.

Corino Rodrigues de Alvarenga
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