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A crônica do Corino - O hacker e a sexualidade

Corino Rodrigues de Alvarenga - 13 de dezembro de 2006 - 06:20

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O hacker e a sexualidade

Ninguém tira da minha cabeça que o chamado hacker, esse debilóide que ataca pela internet, sofre de desvio sexual. Pior do que torcedor que veste a camisa de time que só perde, o hacker é um ser nocivo à comunidade virtual do planeta.
Piores são os hackers quadrilheiros que vivem de roubar dinheiro alheio através de portais falsos de bancos ou enviando e-mails com vírus encarregados de roubar senhas e códigos bancários para fazer o seu assalto on line.
O hacker é um animal estúpido que é inútil duas vezes para a sociedade: primeiro porque não trabalha e segundo porque atrapalha quem quer trabalhar.
Além do hacker quadrilheiro, que é o ladrão virtual, tem o hacker basbaque. Esse é o mais imbecil: por não ter o que fazer ou por já estar enjoado de “comer chocolate no banheiro”, se mete a prejudicar pessoas que nem conhece. Não faz por prazer porque hacker não sente prazer nem quando gasta o dinheiro que arrecada com suas tramóias virtuais. Porque o dinheiro vem tão fácil que a graça de gastá-lo se perde.
A internet é o maior veículo de comunicação do planeta, muito mais importante hoje do que a TV, o rádio, o jornal, a revista; é mais prática do que o cartão de crédito e a navalha do barbeiro da esquina; é mais ágil do que aquele que vai ali na esquina e já volta; a internet é humana quando ajuda a salvar uma vida, através de uma campanha de doação de sangue ou na divulgação de uma nova vacina eficaz no combate àquela doença até então incurável; a internet, entretanto, também é desumana.
O lado desumano da internet está justamente na sua insegurança que propicia aos hackers quadrilheiros e aos hackers basbaques tantos ataques e prejuízos.
Eu imagino um hacker, o Mauricinho, depois de descoberto pela polícia, surrado pelos pais e execrado pela mídia, no divã do principal psicanalista da cidade, o Dr. Edmundo Boa-Praça. Pergunta o psicanalista, olhando no olho do pilantrinha basbaque:
- Por que você promove esses ataques a pessoas que você não conhece?
- É que desde pequeno eu tenho um complexo.
- Complexo? Que complexo?
- É que o meu p... o meu p...
- O meu p... o que é mesmo que você está tentando dizer – insiste o psicanalista, já muito curioso.
- É que desde pequeno eu tenho complexo porque o meu p... o meu... pênis é muito pequeno.
- Mas ele é pequeno ou isso é fruto da sua imaginação?
- Não. Ele é pequeno mesmo. Se você quiser vê-lo, pegue uma lupa aí. Para vê-lo, só com lente de aumento.
Aí o psicanalista desiste. O caso do hacker é insolúvel. Mas, para encerrar a sessão, ele dá o ultimato ao hacker:
- É, meu filho, só tem um jeito para você: continue aí, pela internet, infernizando a vida das pessoas.
Assim que o hacker Mauricinho sai, Dr. Edmundo Boa-Praça chama a secretária, a loira Pâmela, e lhe diz:
- Olha, fica de olho no nosso computador: de repente pode entrar algum vírus ainda hoje. Pode ser que esse hacker que acabou de sair daqui acabe escolhendo a bola da vez: o meu computador.
- E por que ele faria isso, Dr. Edmundo?
- Veja, bem minha filha: hacker é um caso que nem Freud explica. Imagina eu...
- Freud? – indaga a loira Pâmela, confusa. – Quem é esse tal de Freud?
- Pelo que vejo, minha querida secretária, você já é apedeuta o suficiente para ser uma bela hacker.
E a apedeuta foi para o computador. E o psicanalista ficou só em sua sala, pensando no hacker.
Pensando. Pensando muito. Preocupado. Muito preocupado.

Corino Rodrigues de Alvarenga
Contato com o colunista:
[email protected]

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