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A crônica do Corino - Importantíssima da silva

Corino Rodrigues Alvarenga - 14 de outubro de 2006 - 07:49

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Importantíssima da silva


Como sempre faço, li esta semana a coluna Ampla Visão, assinada pelo sempre bem-informado Manoel Afonso, advogado, radialista e jornalista dos bons que empresta o seu talento e o seu esforço para os meus conterrâneos sul-matogrossenses todas as semanas.
Uma nota em sua coluna me chamou a atenção. Diz a nota:
“Memória - Nas notas taquigrafadas da AL., os discursos radicais do deputado Zeca do PT, contra o que chamava de “farra das aposentadorias” dos ex-governadores. Agora
manobra para receber tal benefício.
Manoel Afonso nem utilizou adjetivos para demonstrar a sua indignação. Ele, sábio como sempre, narrou e deixou a indignação desmedida para cada leitor utilizar como quiser. A informação, em si,já é uma ingnomínia. Manoel foi perfeito e direto, cortando na carne.
Não só o governador Zeca do PT age ou agiu assim. Fernando Henrique – lembra-se? – um dia disse esta frase estúpida: “Esqueçam o que escrevi.” Ora, bolas! Ele, ao dizer isto, chamou de otários todos aqueles que compraram os seus livros – inclusive eu. Eu li Fernando Henrique e já esqueci o que ele escreveu, sim. Sou obediente e não recusaria a atender a um pedido assim.
O poder público brasileiro é a maior vaca leiteira do hemisfério sul. E do norte também.
No Brasil, a coisa funciona assim: o político chega ao poder, cria mais um imposto, gera desemprego e desordem, mantém estagnados os salários dos trabalhadores, aumenta os próprios salários, comete todo tipo de desfaçatez e provoca balbúrdia, mente, engana, tapeia e o contribuinte paga a conta.
Alguém tem que pagar a conta. Pobre do contribuinte.
É por isso que estou sempre lendo o Ampla Visão, de Manoel Afonso, pelo site www.cassilandia.com.br. Manoel é perspicaz. Aqueles adjetivos que ele não usam em certas horas, na verdade, estão lá, quietinhos, taciturnos, implícitos.
Esta agora do Zeca do PT foi ótima. O deputado Zeca foi; o governador é outro. Na tribuna, meu amigo, é fácil ser contra tudo; com a caneta na mão, amiguinho, com o tapete vermelho, amiguinho, com as benesses oficiais, amiguinhos, a história é bem outra.
Zeca não é primeiro nem será o último. O que não falta no Brasil é Zeca e Zé, é João e Maria, é Pedro e Paula, é Fernando e Fernanda querendo o seu lugar.
Mas é prática entre os políticos deste País utilizar o maniqueísmo como se fossem os representantes do bem contra o restante, que, nesse caso, é o que existe de pior, é o espelho do mal e da imoralidade.
E por falar em imoralidade, vale lembrar a frase do pensador H. L. Menchen: “Imoralidade é a moralidade daqueles que estão se divertindo mais do que nós.” Moral: o que Zeca achava imoral enquanto deputado estadual não acha mais hoje enquanto governador.
Que Zeca queira se aposentar, tudo bem. Está na lei. Vale o que está escrito. Mas daí a aceitar que o deputado Zeca diga uma coisa e o governador Zeca faça outra, é duro.
Ou seja, Zeca fez igual Fernando Henrique: “Esqueçam o que eu disse na Assembléia Legislativa.”
Eu já esqueci, governador.
Sou obediente, pois nasci ali no Entroncamento do Itajá, na minha querida Cassilândia, bem perto do salto do Aporé.


Corino Rodrigues de Alvarenga
Contato com o colunista:
[email protected]


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