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A crônica do Corino: Ética na política: depende de nós

Corino Rodrigues de Alvarenga - 09 de janeiro de 2008 - 08:04

Reclamar da falta de ética e de moral dos políticos tem sido uma prática comum no nosso dia-a-dia. E somos contundentes nas críticas aos políticos. E temos motivos de sobra para criticá-los.
Mas, a bem dos fatos, é necessário que indaguemos: quem os elege? Quem os coloca lá no poder, lá na Câmara de Vereadores, na Prefeitura, na Assembléia Legislativa, no governo do Estado, na Câmara dos Deputados, no Senado ou na Presidência da República?
A resposta é óbvia: nós, os eleitores.
Só que esta óbvia resposta nos remete a uma conclusão igualmente lógica: se somos os maiores prejudicados ao eleger os maus políticos e maus gestores públicos, por que não agimos diferentes na hora de votar? Por que não optamos pelos melhores nomes e não pelos piores, como comumente acaba ocorrendo?
Eu creio que por desinteresse da maioria dos eleitores. Informações dos candidatos chegam através dos diversos veículos de comunicação à exaustão, seja através do horário eleitoral do rádio e da TV, seja através dos debates promovidos durante a campanha.
Estamos em ano de eleição municipal quando estaremos, no domingo, dia 5 de outubro, escolhendo os futuros vereadores e o prefeito que cuidarão dos nossos destinos até 31 de dezembro de 2012.
O atual prefeito Rui Macedo é provavelmente candidato à reeleição e deve ser analisado a partir de sua gestão municipal. Se foi bom, deve continuar; se foi ou está sendo mau gestor, deve ser reprovado. A lógica leva a isso, o bom-senso aconselha isso.
O mesmo ocorre em relação aos vereadores de Jacobina, isto é, os sete da bancada da situação e os três da bancada da oposição. Caberá ao eleitor julgá-los com rigor, dando a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
O que nós, na condição de simples e mortais eleitores, não poderemos fazer depois é reclamar por ter cometido mais um erro nas urnas. Como diria o homem da roça, “não adianta chorar depois o leite derramado”.
Sabe-se que administrar um município exige do candidato a prefeito um bom currículo administrativo e irrefutável competência para lidar com planejamento, execução e controle de dotação orçamentária, respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal e profundo zelo pelos princípios da administração pública explicitados no texto constitucional: eficiência, impessoalidade, legalidade, moralidade e
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Quanto ao candidato a vereador, exige-se, no mínimo, que tenha nível educacional e cultura que lhe permitam interpretar textos jurídicos e constitucionais, que saiba bem mais do que fazer uma simples letra “O” com copo, para não cometer gafes ridículas como votar errado, aprovar leis enfadonhas, a exemplo da “LDO de Lauro de Freitas” ou o “Conselho de Segurança Pública Metropolitano do Rio de Janeiro”, como ocorreu aqui mesmo em Jacobina.
Cabe-nos, como eleitores, optar pelos melhores quadros apresentados na próxima campanha eleitoral.
Votar em troca de saco de cimento, cesta básica ou qualquer outra benesse é votar contra si mesmo, prejudicando o município, o Estado, a Nação.
Quando nós votamos no político profissional que troca de partido como troca de camisa ou no chefe de curral eleitoral que se vende para o prefeito, acredite, nós estamos andando em marcha-à-ré, rumo ao precipício, sem choro nem vela.
É pertinente, portanto, que pensemos bem nisso antes de ir às urnas no próximo 5 de outubro.

Corino Rodrigues de Alvarenga
Contato com o colunista
[email protected]
Reside atualmente em Jacobina

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