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A crônica do Corino - EDtv e BBB

Corino Rodrigues de Alvarenga - 02 de março de 2007 - 07:47

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A Globo exibiu na madrugada desta sexta-feira o filme EDtve, que a personagem Ed, um homem comum, que passaria tranqüilamente como qualquer popular, é seguido pelas câmeras de um programa de TV. O filme é uma espécie de Big Brother, em que se trata de invasão de privacidade permitida com regras e contrato assinado e tudo. Eu anotei uma rápida entrevista concedida por seu diretor, Ron Howard. Leia. Depois eu volto.
“Em entrevista a Ruth Walsh, correspondente em Los Angeles, Ron Howard, diretor de EDtv e de sucessos como O Preço de um Resgate, Apollo 13 e O Jornal, entre outros, explica por que a fita, é diferente de O Show de Truman, apesar das semelhanças entre ambas. Howard fala ainda sobre os motivos que o levaram a escolher Matthew McConaughey como protagonista, o prazer de dirigir e alguns aspectos de sua vida pessoal.

Faz mais de dez anos que o senhor não dirige uma comédia. Por que decidiu fazer EDtv?
Depois de fazer filmes sérios como Apollo 13 e O Preço de um Resgate, queria algo mais leve, como uma comédia. Mas não conseguia encontrar um roteiro que chamasse minha atenção. Queria ao mesmo tempo um roteiro inteligente e divertido. Quando vi o projeto de EDtv, logo senti que tinha um bom material, com todos os elementos para uma comédia perfeita, mistura de romance e humor do tipo pastelão, visualmente interessante, com um pouco de sexo, muita emoção e até a abordagem de uma questão social.


O filme é baseado na produção canadense The King of the Airwaves e tem semelhanças com O Show de Truman. Como os compararia com EDtv?
O tema central, sobre uma estação de TV que resolve fazer um programa no qual um indivíduo é seguido pelas câmaras por onde quer que vá, é o mesmo do filme canadense. A diferença é que os roteiristas de EDtv, Lowell Ganz e Babaloo Mandel, com os quais trabalhei em Parenthood e Splash, têm abordagem mais cômica. Ambos são gênios e conseguem criar um clima muito engraçado e, ao mesmo tempo, de denúncia de forma muito inteligente. Quanto ao Truman, acho que há mais diferenças do que semelhanças.”
O EDtv, como se vê, foi inspirado no filme canadense The King of the Airwaves. Já o Big Brother foi uma invenção do holandês John de Mol e faz sucesso em dezenas de países. São reality shows que, se não existissem, não fariam a menor falta.
Há milênios ou até menos do que isso o homem se divertia vendo seus exemplares lutando até a morte com semelhantes e até com animais ferozes. Foi a fase do Big Brother antigo e medieval. Hoje temos os EDtvs e Big Brothers contemporâneios, igualmente descartáveis.
Eu já me esforcei algumas vezes para assistir ao Big Brother Brasil. Até em dia de paredão eu acabo dormindo antes do resultado anunciado pelo brilhante jornalista Pedro Bial, que eu nem sei bem o que ele está fazendo ali no reality show global. É desperdício de talento e competência profissional que poderiam estar sendo utilizados a serviço do bom Jornalismo.
Mas dizem que dá audiência. Vamos respeitar.
Assisti ao filme EDtv e cheguei à conclusão de que, pelo menos, o enredo é cômico ao mostrar um cidadão comum sendo perseguido pelas câmeras da TV. No Big Brother é diferente. Lá os personagens é que perseguem as câmeras da Globo em nome dos emergentes 15 minutos de fama.
Mas dizem que dá audiência. Fazer o quê? Quem não quiser assistir, ora bolas... que mude de canal! Vamos respeitar. Não muito. Mas vamos respeitar.

Corino Rodrigues de Alvarenga
Contato com o colunista:
[email protected]

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