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A crônica do Corino - Durma-se com esse barulho

Corino Rodrigues Alvarenga - 27 de outubro de 2006 - 06:58

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Durma-se com esse barulho

Eu li o artigo “Conversa para boi dormir”, assinado pelo médico e deputado Luiz Eduardo Cheida e publicado no site www.cassilandia.com.br, e gostei muito. Ele fez algumas considerações interessantes:
“O som é medido em decibéis. Uma conversa normal tem 60 decibéis. Como o decibel é função logarítmica, a cada 10 decibéis, dobra-se o volume do som.
Por isso, 90 decibéis (a média sonora das médias cidades brasileiras) é o triplo do volume de um saudável bate-papo.
Os veículos são a principal fonte de poluição sonora: roncos de motores escapamentos, buzinas, frenagens, sirenes...
Quais as conseqüências?
Ruído em excesso deixa a pessoa, progressivamente, surda. Reduzindo-se a audição, perdem-se inúmeras sensações prazerosas que vão do canto de um pássaro a uma música agradável. Pior: a surdez é irreversível. Não possui tratamento ou cura. Progressivamente surdas, as pessoas tendem a isolar-se, tornando-se mais solitárias, tristes e arredias a novas amizades.”
Preocupado com a poluição sonora na Bahia, o governo do Estado fez uma campanha interessante: “Ouvir som alto causa impotência sexual. Você quer que as outras pessoas fiquem sabendo disso?”
A campanha foi feita, em 2004, para combater a mania que os motoristas têm, sobretudo os mais jovens, de ligar o som do carro no volume mais alto que puder próximo a bares e lanchonetes.
Na Bahia, a prática é comum: basta você ir a uma lanchonete para tomar uma cervejinha e jogar conversa fora que aparece alguém com seu som turbinado no carro, abre o bagageiro e liga o som no último volume.
Pronto: acabou a conversa fora e a cerveja perde o sabor.
Aí, segundo pesquisa feita por órgãos competentes, o som em alto volume afeta o desempenho sexual. O governo do Estado da Bahia, com base nesses dados, lançou a campanha de marketing bem ao estilo Duda Mendonça: agressiva e muito inteligente.
É claro que ninguém vai querer pôr o som em alto volume e denunciar-se: as pessoas passariam a saber que o varão não é tão varão assim.
Há, isso sim, muita fumaça e pouco fogo. Ou melhor, muito barulho e pouca eficiência na hora do... digamos... bem-bom.
E agora eu pergunto: você gosta de ouvir música em que volume? Não que eu queira insinuar nada, claro, claro. Se qualquer coisa ficou no ar, a culpa não é minha.

Corino Rodrigues de Alvarenga
Contato com o colunista:
[email protected]



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