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A crônica do Corino - Diego e os políticos

Corino Rodrigues de Alvarenga - 04 de abril de 2007 - 07:43

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Como já era mais do que esperado, o paulista Diego Alemão venceu ontem, terça-feira, o BBB7, o reality show da Globo, com 91% dos votos contra míseros 9% da carioca Carolini.
O público votou com responsabilidade, optando pelo “grande irmão” mais honesto, mais ético e, portanto, mais confiável.
Para decidir o futuro de Diego Alemão e entregar-lhe o prêmio de R$ 1 milhão, o brasileiro votou conscientemente. Foi uma atitude bonita da grande maioria: as espertezas de Carol, que fazia parte da turma do mal comandada por Alberto Cowboy, foram reprovadas pelo brasileiro.
E o viés da história como é que fica?
Por que o mesmo brasileiro, que votou de forma tão consciente ao aprovar as boas atitudes de Diego e reprovar o comportamento hipócrita de Carol, vota de forma tão equivocada nos políticos, optando quase sempre pelos piores e deixando de escolher de forma consciente?
O eleitor de Alagoas, por exemplo, trouxe de novo para a cena política Fernando Collor de Melo, eleito senador da República. Quem foi Collor?
O primeiro presidente da República brasileiro a ser cassado sob acusação dos mais diferentes tipos de corrupção. O único presidente que fez um governo em que o Produto Interno Bruto foi negativo, apresentando o percentual desfavorável de 1,3%, o pior desempenho de um governo brasileiro em todos os tempos. Isso sem falar no saque da poupança, no caso PC e no resto.
Mas o eleitor brasileiro o trouxe de volta. E não é só Collor, não, meu amigo. Há tantos e tantos maus políticos em cargos públicos, fazendo besteira com os recursos públicos, provocando mais desemprego, mais injustiça social, mais desequilíbrio na economia e daí por diante.
Quando o assunto é vida real, o eleitor brasileiro, muitas vezes, gonga Diego e elege Carol, por favorecimentos políticos, por conveniência, por total irresponsabilidade.
Não! Não! Não! Tem que ser justamente o contrário, meu amigo. A seriedade com que o brasileiro demonstrou diante da votação do Big Brother Brasil 7 – que terminou ontem, graças a Deus! – tem que ser demonstrada na hora do voto, o voto da vida real, o voto que se dá nos políticos.
Nada de se votar em Carol, amigo. Na vida real, precisamos votar em políticos ao estilo Diego, que fala o que pensa, que não faz tramóias para ganhar R$ 1 milhão, que não é hipócrita, que não diz uma coisa aqui e faz o contrário ali.
Se para decidir a vida de alguém que se expôs na TV para todo o País em troca de quinze minutos de fama e de R$ 1 milhão o brasileiro agiu de forma séria, repito, tem que fazer o mesmo em relação ao seu próprio futuro e ao futuro de toda a Nação.
Chega de ir às urnas para votar em troca de presentinhos de véspera de eleição. Chega de ir às urnas para votar em troca de ilusões passageiras.
O Brasil não é um Big Brother, meu grande irmão. O Brasil é vida real. E vida dura.
Nós não podemos continuar em nosso eterno paredão. O Brasil não é crônica de Pedro Bial antes de anunciar a eliminação de mais um brother, cara. O Brasil não é reality show.
O Brasil é uma grande Nação, mal administrada, é verdade; maltratada, é verdade; mas o Brasil é uma grande Nação que pode crescer ainda mais se cada brasileiro, com a sua cota de responsabilidade, fizer a sua parte, votando conscientemente como fez agora ao dar R$ 1 milhão para Diego e R$ 50 mil para Carol.
Agora precisamos fazer o mesmo em relação aos políticos. Para os bons, estalecas; para os maus, paredão.

Corino Rodrigues de Alvarenga
Contato com o colunista:
[email protected]

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