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A crônica do Corino - Coisa de burro

Corino Rodrigues de Alvarenga - 01 de março de 2007 - 08:12

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Cairo
O Egito é um país árabe que fica lá pela região Norte da África e do Médio Oriente, ali na região do mar Mediterrâneo, bem perto da famosa Faixa de Gaza, com Israel, com o Golfo de Aqaba, fazendo também fronteira com a Jordânia e com a Arábia Saudita, além do mar Vermelho, a sul com o Sudão e a oeste com a Líbia. Sua capital é o Cairo.
Nunca tive vontade de conhecer o Cairo.
Conheci até hoje, no máximo, o Vale do Cariri, que fica ali no Ceará, perto do Crato e de Juazeiro do Norte. Mais precisamente estive no povoado de Canabrava, ali no município de Farias Brito.
Entre o Cairo e o Cariri, só conheço o segundo. E “malemá”, como diria a minha avó.
Mas, deixando as vacas-frias de lado e voltando ao assunto, o Cairo é uma capital em que coisas interessantes acontecem. Leia esta notícia e sinta o brilho da pérola.

“Hospital trata burros agredidos e com depressão
Quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007 07:40
BBC Brasil

Um hospital do Cairo se especializou em cuidar de animais de carga. Os burros e jumentos que trabalham nas ruas da cidade recebem tratamento contra vários males, de hematoma à depressão.
O hospital para animais Brooke é gratuito e atua em cinco países. No Egito, milhares de animais de carga transitam pelas ruas e sofrem, segundo os especialistas do hospital, os mais diferentes tipos de agressões.”

Eu não vou jurar, amigo, porque quem fala a verdade não jura. Mas que dá vontade de duvidar da informação, isso dá. Burro e jumento com depressão recebendo tratamento médico, sei não.
Um burro pode sofrer com depressão com base em que tipo de problema?
A burra ou a jumenta o trocou por um burro mais jovem e mais atraente?
O custo de produção do capim aumentou assustadoramente?
A carga horária está maior a cada ano?
O bicho-homem o tem agredido fisicamente diante da conivência das burras autoridades?
Não está mais sendo possível oferecer educação pública de boa qualidade aos filhos burrinhos?
Ou esse negócio de ser burro de carga para dar moleza a tanta carga de burro é o mesmo que dar com os burros n’água? Isso, é claro, com o perdão do pobre trocadilho.
Pensando bem esta história de burros e jumentos do Cairo acaba sempre contagiando e contaminando inclusive quem escreve crônicas, que, dessa forma, fica rodeando, rodeando, rodeando... e não sai do lugar.
E, ainda sob essa ótica, eu chego à indagação bem à brasileira e muito pertinente, por sinal: quem é mais burro?
O burro egípcio que sofre de depressão e tem médico à disposição ou o burro brasileiro que vota a cada dois anos e não tem direito a médico nem a bom atendimento no hospital?
Não sei não, mas tenho a impressão de que o burro de lá leva uma boa vantagem.
Ou o gentil colega discorda de mim?

Corino Rodrigues de Alvarenga
Contato com o colunista:
[email protected]

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