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Geral

A corrupção e a conivência da "esquerda festiva"

Manoel Afonso - 16 de junho de 2015 - 14:22

Os mais velhos se lembram das músicas e peças teatrais criticando o regime militar, a censura à imprensa, enfim os excessos do governo. Refrescando a memória: tudo ficava concentrado nas mãos dos generais e a produção artística era inclusive supervisionada e financiada pela Embrafilme.


Foi neste cenário turbulento que muitos artistas se projetaram e até hoje desfrutam deste prestígio. Neste rol, vários cantores marcaram posição e se tornaram ídolos de uma geração.


Mas, com a volta do regime democrático, houve um vácuo na nossa cultura e no Governo Collor foi criada a Lei Rouane para incentivar as produções culturais. E como o país não é sério, houve um aproveitamento das benesses desta lei.


E explico: o artista inscreve o projeto ( shows públicos e peças teatrais – por exemplo) no Ministério da Cultura. Se aprovado, precisa encontrar um patrocinador da iniciativa privada ou não. Aí vem o golpe: o patrocinador recupera o dinheiro doado através de isenção fiscal. É a renúncia fiscal do Governo que deixa de arrecadar dinheiro que poderia ser investido na saúde e educação por exemplo.


Entre os inúmeros felizardos estão Claudia Leite (R$5,8 milhões); Rita Lee (R$1,8 milhões); Rock in Rio (R$8,8 milhões) e Jô Soares com R$1.957 milhões para montar uma peça teatral baseado em Shakespeare contra o impeachment.


É essa cumplicidade da classe intelectual que acaba dando sustentação ao Governo do PT, que nasceu para acabar com a corrupção e a desigualdade social. É do PT que nasceu da união de sindicalistas, marxistas, ex-guerrilheiros, intelectuais e setores da igreja para governar diferente.


Com essa explicação fica fácil entender porque jamais se viu um Chico Buarque, um Caetano ou Jô Soares – por exemplo – apoiar as críticas contra a corrupção do Governo ou mesmo, as manifestações de rua pedindo moralidade na administração pública. Essa ‘omissão’ é a conivência com o governo marcado por denúncias de corrupção como se viu no Mensalão e na Lava Jato.


Vivemos na democracia, mas a conivência com a corrupção deste pessoal que já foi exemplo de contestação, pedindo anistia, democracia e diretas já – é vergonhosa


A entrevista de Dilma com Jô , por exemplo mostrou a cumplicidade do artista, que alias tem seu rico dinheirinho guardado na Suíça. Quem te vê...quem te viu...


De leve...

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