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A chegada à escola: dicas de adaptação na Educação Infantil

(*) Natália Cardenuto - 24 de fevereiro de 2015 - 18:00

Neste início de um novo ano letivo, muitos pais, por diversos motivos, precisam colocar os filhos em creches logo nos primeiros meses de idade. Outros optam por deixá-los com familiares ou babás. O certo é que, mais cedo ou mais tarde, acaba por chegar o dia em que os pequenos ingressam na escola.

Quanto mais nova a criança, mais fácil e rápida é a sua adaptação. Os bebês não têm perfeita noção daquilo que os rodeia e conseguem se acostumar com mais facilidade a outras pessoas que não são de seu convívio. Ao contrário dos pais que, por sua vez, ao separarem-se dos filhos ainda bebês, passam por um processo doloroso de adaptação.

Mas quando as crianças vão para a Educação Infantil aos três ou quatro anos, é de se esperar delas alguma reação negativa. Estudos comprovam que a rejeição a um novo ambiente é mais comum nas crianças com mais de 18 meses, pois elas têm maior memorização, percepção da realidade que as cercam e apego às pessoas de sua convivência. Deixar, pela primeira vez, um filho aos cuidados de pessoas desconhecidas é uma experiência difícil. E sabemos que, quanto menor a criança, maior a angústia dos pais. Apesar do sofrimento, é possível enfrentar esse período tão complicado. Veja algumas dicas:

• Escolha com cuidado - É importante que os pais sintam-se seguros, pois a confiança de que fizeram a melhor escolha será transmitida para seu filho. Antes de matriculá-lo, conheça mais de uma escola. Assim é mais fácil decidir.

• Mostre a escola para seu filho - Em caso de adaptação com bebês, deixe o pequeno sentado para que ele enxergue os demais à sua volta. Deitado, ele só verá o teto, o que torna mais demorado a adaptação ao novo ambiente e aos novos estímulos. Com as crianças acima de um ano, passeie pela escola e mostre que aquele ambiente será seguro e divertido.

• Participe - Se possível, deixe seu filho acostumar-se com a escola gradativamente. Uma sugestão é que no primeiro dia ele fique somente duas horas e aí vá aumentando o tempo dia após dia.

• Sempre diga a verdade - Não deixe a criança na escola dizendo que vai ao banheiro e já volta. No dia seguinte seu filho não acreditará em você.

• Cuidado com o que diz - Seu filho é esperto, mas nem por isso ele entende frases no sentido figurado. Portanto, ainda que esteja nervosa, policie-se para não dizer coisas como: “Você só me dá trabalho” ou “Você faz isso para me irritar”. Esse tipo de acusação leva a criança a se sentir culpada e, com o tempo, pode abalar sua autoestima.

• Mantenha a calma - Durante adaptação, as crianças apresentam comportamentos diferentes. Algumas choram; outras não. Como as crianças pequenas têm pouca ou nenhuma fala, o choro pode ser um protesto, uma forma de manifestar desejo de continuar no colo da mãe. Isso, no entanto, não significa que ela não vá se divertir na escola.

Lembre-se: Todos nós sobrevivemos à separação e ela é inevitável ao longo da vida. Frente a ela, só podemos nos agarrar à certeza de que, no caso da escola, é algo passageiro e o reencontro entre pais e filhos virá no final do dia.

(*) Natália Cardenuto é Analista de Produto na empresa Planneta (www.plannetaeducacao.com.br); Pedagoga, pós graduada em psicopedagogia Clinica e Institucional, com larga experiência em trabalhos relacionados à pessoas com deficiência.

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