Geral
A audição do bebê
Os bebês já nascem escutando, o sentido de audição já é agudo e bem desenvolvido. Desde o quinto mês de gravidez, o feto responde a sons de vários tipos. Os pesquisadores acreditam que a gestante que pratica música continuamente durante a gravidez, por algumas horas diárias, predispõe seu filho a uma natural sensibilidade ao ritmo. Isso deve-se ao som viajar facilmente através do útero o que foi demostrado por estudos com o uso de ultrassonografia realizados entre 25ª e 26ª semana de gestação onde os fetos reagem com sobressalto a ruídos altos.
Também prefere alguns sons a outros; algumas mães observaram que a música suave ou a voz humana, sussurrada, acalma o seu bebê desde a primeira semana de vida. Bebês preferem vozes agudas e por isso pais tendem a falar com ‘fala de bebê’. Está provado através do eletroencefalograma que a luz forte e o barulho agridem o bebê.
Os bebês respondem aos sons e fazem isso desde os primeiros momentos após o nascimento. Eles olham para direita quando o som vem da direita e para esquerda quando oriundo da esquerda. Os nervos que conectam a visão e a audição já estão em desenvolvimento no recém-nascido.
Os recém-nascidos respondem melhor a voz humana do que a outros tipos de sons, assim como respodem mais rapidamente a voz de seu pais do que outras vozes. Assim,os pais devem ser orientados a conversar bastante com seus filhos desde a gravidez até o nascimento, o que aumenta o vínculo com seu bebê.
Atualmente já se encontra disponível em alguns países e também no Brasil o teste para pesquisa de surdez congênita (“teste da orelhinha”), que procura detectar precocemente crianças com déficits de audição. Este exame deverá ser realizado em todo bebê até três meses de vida. A pesquisa da audição é difícil no recém-nascido e a interpretação do teste pode levar a falsos resultados e a falsos diagnósticos de surdez.
Todavia, este teste já é obrigatório no Brasil e somente pesquisa a presença de surdez condutiva (má formação do canal auditivo etc.) e não neurológica. No caso de bebês que não passem no teste, o exame deve ser repetido com três meses de vida para confirmar ou não o primeiro teste auditivo. Caso o exame persista alterado, o bebê deverá realizar a audiometria de tronco cerebral (BERA) para confirmar ou não o diagnóstico. De qualquer forma, toda criança, independentemente do resultado da triagem auditiva deverá realizar a audiometria na idade escolar.
Autor: Thatiane Mahet