Se esta crise não está fácil para os grandes empresários, que possuem vasta experiência, recursos financeiros e um aporte de consultoria para guiar os passos que os farão manter a estabilidade, imagina para os pequenos e micro empresários do Piauí, que sofrem nos últimos tempos com a recessão.

Dono de uma pequena fábrica de móveis, o micro empresário Francisco Rodrigues fala das dificuldades que tem enfrentando nos últimos tempos. “A produção caiu muito devido a pouca procura. É o jeito a gente demitir, ficar com medo de fazer investimentos, pois não sabe se vai valer a pena”, diz.

O pensamento dele é compartilhado por outros piauienses. Para especialistas, a crise econômica e política nos últimos seis meses pesam na confiança dos empresários. As pequenas e micro empresas são afetados pela conjuntura atual e 62,5% consideram que as condições gerais de suas empresas pioraram nos últimos seis meses.

Já para as condições gerais da economia o percentual é ainda maior: 82,5% dos entrevistados afirmam que pioraram no último semestre. O Indicador de Confiança dos micro e pequenos empresários (MPEs) calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) registrou uma leve melhora em março e atingiu os 43,15 pontos, acima dos 42,99 pontos apresentados em fevereiro. O resultado segue abaixo do nível neutro de 50 pontos, demonstrando que os empresários entrevistados continuam pouco confiantes com as condições econômicas do país e de seus negócios.