O Tribunal Superior Eleitoral calcula em 1,5 mil o número de prefeitos reeleitos assumindo, neste sábado, a gestão de cidades brasileiras. Os cálculos são semelhantes aos da Confederação Nacional de Municípios (CNM), que fixou em 23% a porcentagem de gestores em segundo mandato consecutivo. A maioria dos empossados neste 1º de janeiro continua sendo de
estreantes.

"Tanto os reeleitos como os novos prefeitos estão entrando com muita vontade", acredita o presidente da CNM, Paulo Roberto Ziulkoski. "Há, por outro lado, um grande número de novatos que chegam da iniciativa privada, pela primeira vez na gestão pública, não muito familiarizados com o conjunto de normas, principalmente a questão orçamentária."

A Confederação lembra que algumas cidades devem passar por momentos de indefinição nos próximos dias. Tramitam no Tribunal Superior Eleitoral 938 processos com reclamações e pedidos de anulação de algumas candidaturas e diplomações. Outros recursos estão em avaliação pelos próprios tribunais regionais. Um dos mais polêmicos envolve a prefeitura da cidade de Mauá (SP).

Um dos candidatos, Márcio Pires (PT), teve a candidatura cassada durante o processo eleitoral por suposto uso da máquina pública. O concorrente, Leonel Damo (PV), chegou a ser diplomado no último dia 20. Horas depois, o corregedor regional eleitoral, desembargador Paulo Shintate, concedeu liminar suspendendo os efeitos da diplomação até o julgamento do recurso.

De acordo com a assessoria do Tribunal Superior Eleitoral, nas cidades em que os candidatos eleitos estão sendo processados por alguma irregularidade eleitoral, fica a cargo do Tribunal Regional Eleitoral definir se a posse de fato acontecerá ou se o presidente da Câmara Legislativa do local assume enquanto isso.