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31 de Maio - Dia Internacional de Combate ao Fumo

Luciana Félix - 31 de maio de 2006 - 08:20

Dia 31 de Maio é o Dia Internacional de Combate ao Fumo. E como em todos os anos, o mundo se mobiliza para mostrar ações que combatam diretamente as doenças provocadas pelo tabagismo, como o câncer de pulmão. Hoje, em todos os casos diagnosticados da doença, 90% estão associados ao consumo de derivados de tabaco.

O radioterapeuta Carlos Monti, diretor do Radium Instituto de Oncologia, explica que no Brasil estima-se que 80 mil pessoas morram precocemente a cada ano devido ao tabagismo. De acordo com ele, a população deve se conscientizar sobre os malefícios causados pelo tabagismo e encarar a situação de maneira severa. "Parar de fumar é imprescindível para quem não quer correr o risco de sofrer alterações pulmonares. Para se ter uma idéia, o fumante inala mais de 4700 substâncias tóxicas a cada tragada, muitas delas provenientes dos agrotóxicos utilizados na plantação''.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o câncer de pulmão é o mais comum de todos os tumores malignos, apresentando um aumento por ano de 2% na sua incidência mundial. No Brasil, o câncer de pulmão foi responsável por 14.715 óbitos em 2000, sendo o tipo de câncer que mais fez vítimas.

Esse número alarmante demonstra a proporção da doença no Brasil. Segundo o Inca esse quadro deve atingir 25.790 pessoas em todo o país, sendo 17.110 homens e 8.680 mulheres. Por isso, cada vez mais a sociedade civil e poder público se unem para tentar alertar a população sobre os perigos da utilização das substâncias contidas no cigarro.


O tabagismo em números

O tabagismo hoje é considerado uma doença – causada pela dependência à nicotina, considerada droga - responsável por cerca de 50 diferentes enfermidades e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) é a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Por ano, cinco milhões de pessoas morrem no mundo em conseqüência desta doença, sendo 200 mil mortes no Brasil. No Estado de São Paulo, 69% das internações hospitalares são relacionadas, direta ou indiretamente, ao tabaco. De acordo com a OMS, 220 bilhões de dólares é o custo social provocado em todo o mundo pelas doenças derivadas do tabagismo. Em Campinas, de acordo com a Vigilância em Saúde do município, a estimativa é que existam, atualmente, 150 mil tabagistas.

O cigarro é composto por um coquetel de quatro mil substâncias – quase todas nocivas à saúde. A pessoa que fuma se intoxica com substâncias como o monóxido de carbono, o mesmo gás letal liberado pelo escapamento dos carros.Outra substância nociva contida no cigarro é a nicotina. Ela estreita os vasos sanguíneos e libera os hormônios que aumentam a pressão arterial – uma das causas do infarto. O alcatrão se acumula nos pulmões e causa enfisema, uma doença grave e incurável. O cigarro é ainda o responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão e 30% de todos os tipos de câncer.

E os estragos causados por esta droga legalizada atingem não só os tabagistas, mas também os fumantes passivos, ou seja: aqueles que respiram a fumaça liberada por quem fuma. Mesmo assim, o Brasil adota uma legislação moderada para o ato de fumar. O fumo é proibido em recintos públicos, na propaganda de TV e as embalagens de cigarro devem conter fotos e advertência de que fumar faz mal à saúde. No entanto, o cigarro pode ser comprado com facilidade, até mesmo em supermercados e por pessoas de qualquer idade.



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