No dia 25 de outubro é celebrado o Dia Nacional do Dentista. A data, que celebra a categoria com mais de 245 mil profissionais no Brasil, segundo o Conselho Federal de Odontologia (CRO), representa 19% dos dentistas de todo o mundo.

Até bem pouco tempo atrás, o profissional era temido por conta de seus instrumentos, mas isso mudou há aproximadamente uma década, com o incremento de novas odontologias, ocasião em que passou-se a oferece um tratamento mais rápido, seguro, menos doloroso e confortável para pacientes e profissionais.

Essa nova metodologia só foi possível com o aprimoramento dos equipamentos utilizados pelos dentistas que aliam alta tecnologia e funcionalidade, como no caso dos biomateriais para enxertos ósseos, que permitem reconstruções cirúrgicas de locais onde não havia osso suficiente para implante. Os implantes também passaram por aperfeiçoamento em seus desenhos e nos tratamentos de superfície, aprimorando o resultado do tratamento. Além deles, é possível perceber a evolução nos procedimentos de imaginologia, que através das melhoras nos equipamentos de raios-x e tomografia, oferecem diagnósticos mais precisos e recursos de planejamento de tratamento cada vez mais seguros.

Nessa linha, aparece a radiologia odontológica, uma alternativa eficiente e sustentável. O exame deixou de ser apenas uma película com imagens e passou a ser mais preciso. Atualmente, a ferramenta é fundamental para planejar as áreas que receberão prótese, ortodontia e cirurgia, resultando em tratamentos mais rápidos, seguros e prevendo eventuais complicações durante os procedimentos.

Todos esses aspectos fazem a odontologia brasileira referência para diversos países, inclusive os europeus. Um dos diferenciais do Brasil é o modelo de ensino, que é espelhado no americano, pioneiro em relação à formação com foco em Odontologia. A formação acadêmica é específica para a área e o cirurgião-dentista brasileiro recebe orientação acadêmica de cinco anos, com disciplinas focadas na atuação da odontologia moderna.

Outro aspecto relevante é o acesso à atenção básica odontológica, que tem crescido muito no país. É possível notar nos últimos anos que, devido ao aumento do poder de consumo das classes menos favorecidas financeiramente, estão se propagando escolas de odontologia fora dos grandes e tradicionais centros. Além disso, a população está mais consciente sobre a importância da saúde bucal e procurando profissionais com mais frequência.

Um aliado importante no crescimento do setor também são os convênios odontológicos, responsáveis pela democratização da assistência odontológica no país. Sob a ótica dos profissionais, representam remunerações menores por procedimento, mas por outro lado oferecem facilidades, que muitos não possuem em consultórios.

Esses fatores foram responsáveis pela inserção do Brasil no grupo de países com baixa prevalência de cárie, segundo classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Apesar disso, precisamos estar consciente que há muito a se avançar, em termos tecnológicos, e regiões a atender, com ampla qualificação profissional.

Hugo Rosin é diretor executivo da DVI Radiologia, cirurgião-dentista formado pela FORP-USP, especialista em radiologia pela FOP-UNICAMP e especialista em ortodontia pela FOAR-UNESP.