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185 milhões de pessoas consomem drogas ilícitas

10 de julho de 2004 - 07:26

O representante para Brasil e Cone Sul do escritório da ONU contra Drogas e Crimes (Unodc), Giovanni Quaglia, informou ontem que 185 milhões de pessoas consomem drogas ilícitas no mundo, o que representa 4,7% da população mundial acima de 15 anos. Quando se incluem drogas lícitas, estes números são ainda maiores: 30% da população são consumidores de tabaco e 60% de álcool.

"O consumo de drogas e álcool afeta a competitividade das empresas e a produtividade dos trabalhadores", disse Quaglia, lembrando que 40% dos acidentes de trabalho têm ligação com o álcool. O representante da ONU foi o primeiro conferencista do Seminário Internacional do Cone Sul sobre Prevenção ao Uso de Drogas no Trabalho, realizado hoje na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre.

Giovanni Quaglia disse que em assembléia especial da ONU em 1998, os países membros concordaram em enfrentar o problema com responsabilidade compartilhada e que a prevenção ao uso de drogas no ambiente de trabalho é uma resposta a esse compromisso. Segundo ele, estudos demonstraram que locais de trabalho têm vantagens no combate às drogas. "Os consumidores de álcool e drogas largam a família e os amigos, mas tentam manter seu emprego", explica. "Podemos dizer que o Brasil e os países do Cone Sul estão enfrentando o uso de drogas no ambiente de trabalho de forma moderna e eficiente".

O representante da ONU apresentou resultados do Programa de Prevenção ao Uso de Drogas no Trabalho e na Família, desenvolvido em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) no Rio Grande do Sul. A versão brasileira do projeto envolve 73 empresas gaúchas e seis escolas, com investimento de US$ 20 mil a US$ 30 mil por 18 meses em cada uma, beneficiando 65 mil profissionais e cerca de seis mil alunos.

Avaliação feita nas primeiras 30 empresas participantes revela que a qualidade de vida do trabalhador melhorou: "Houve redução de 16% no número de fumantes, o uso de álcool caiu 12% e o consumo de drogas ilícitas teve queda de 53%. Em relação às empresas, a produtividade aumentou: as faltas diminuíram 10%, os atrasos de 7% a 5% e os acidentes de trabalho provocados pelo consumo de drogas caíram 50%", disse Quaglia.

Ele lembrou que a experiência, que está sendo levada ao Cone Sul, numa parceria entre Nações Unidas, agências nacionais antidrogas e iniciativa privada, pode ser bem sucedida para prevenir as drogas no ambiente de trabalho.

(Com informações da assessoria de imprensa da Fiergs).

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