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104 novas espécies de peixes são catalogadas em rios do Pantanal de MS

Pesquiasdores apontam ampliação de 40% no intentário de peixes de regiões pantaneiras

Midiamax - 12 de novembro de 2020 - 06:20

Pterolebias phasianus, nova espécie catalogada. (Foto: Divulgação)
Pterolebias phasianus, nova espécie catalogada. (Foto: Divulgação)

O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) divulgou, nesta quarta-feira (11), a descoberta de 104 novas espécies de peixes em rios do Pantanal. O projeto de pesquisadores com nove instituições parceiras, aponta a ampliação de 40% no inventário de peixes da região pantaneira.

De acordo com o Heriberto Gimenes Júnior, e coordenador do Laboratório de Ictiologia do Imasul, o estudo já dura 4 anos e conta 26 pesquisadores. As equipes técnicas já realizaram cerca de 51 expedições de coleta e amostras, enviadas a unidade da UFMS (Universidade Federal de MS)

“Algumas espécies são novas para a ciência, em teoria só ocorrem aqui. Diferente de tudo que a gente já viu. “Por mais que a gente tenha conhecimento específico do Pantanal, ainda restam muitas lacunas. Por isso a importância de se estar constantemente atualizando o inventário ictiológico”, disse.

Cada expedição envolve três técnicos do instituto e dura, em média, uma semana. Usando redes, tarrafas, armadilhas e até mergulho, os pesquisadores realizam a captura das amostras. Quando se trata de uma nova espécie, há uma nova etapa de coleta para levantar informações como dieta, desenvolvimento, reprodução e habitat.

No laboratório, cada amostra passa por levantamento de informações como espécie, cor, tamanho, quantidade de nadadeiras, tudo para auxiliar na identificação do indivíduo. Essas informações farão parte de uma publicação que está estimada em 600 páginas e deve ficar pronta até o fim do ano.

“Estamos fazendo uma força tarefa para conseguir finalizar tudo e publicar o inventário em dezembro”, calcula Heriberto.

Desde 2015, o Laboratório de Ictiologia do Imasul abriga 7,5 mil peixes de 220 espécies, sendo 135 pantaneiras. O local desenvolve estudos científicos para descoberta de técnicas de reprodução de animais ameaçados de extinção, como o cascudo-viola, que integra a lista com 25 espécies ameaçadas de extinção do Cerrado e Pantanal e que são contempladas em um plano de ação nacional para conservação.

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