No último mês de agosto, a necessidade de financiamento do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) ficou em R$ 2,608 bilhões. O valor foi resultado de uma arrecadação líquida de R$ 8,952 bilhões, contra uma despesa com pagamento de benefícios previdenciários de R$ 11,561 bilhões.

A necessidade de financiamento foi 15,5% inferior à registrada em agosto do ano passado, que foi de aproximadamente R$ 2,699 bilhões. Já em relação ao mês de julho de 2005, quando o déficit registrado foi de R$ 3,087 bilhões, o resultado do RGPS de agosto apresentou uma redução de 3,4%.

A queda da necessidade de financiamento ocorreu principalmente pelo incremento da arrecadação na Previdência Social, recorde histórico com exceção dos meses de dezembro, nos quais há pagamento de 13º salário. Houve um aumento de 5,6% em relação ao mês de julho, quando a arrecadação foi de R$ 8,474 bilhões, e de 12,4% em relação a agosto de 2004, mês em que a Previdência registrou uma arrecadação de R$ 7,963 bilhões. “A arrecadação líquida de agosto é considerada excepcional no histórico do resultado do RGPS”, afirma o secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer.

O secretário ressalta que as mudanças realizadas na Receita Federal do Brasil influenciaram decisivamente o resultado. “Com as mudanças gerenciais adotadas pela Receita Federal do Brasil, houve um monitoramento mais ágil e preciso dos contribuintes e dos devedores da Previdência”, acrescenta. O incremento da arrecadação também se deve à melhoria global da economia brasileira, que permite que as empresas mantenham os parcelamentos das dívidas com a Previdência em dia, e à elevada geração de empregos formais.

O valor gasto com pagamento de benefícios ficou estável. Em agosto, para o pagamento dos benefícios previdenciários, foram gastos R$ 11,561 bilhões, o mesmo valor desembolsado em julho passado.

Em agosto de 2005, por meio da Previdência Social, foram pagos mais de 23,5 milhões de benefícios, dos quais 20 milhões são benefícios previdenciários e 756 mil são decorrentes de acidentes do trabalho. Outros 2,7 milhões são amparos assistenciais e rendas mensais vitalícias, programas subordinados ao Ministério do Desenvolvimento Social e operacionalizados pelo INSS. (Thaisis Barboza)