Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quinta, 25 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Poucas empresas negociam 50% das exportações

Famasul Notícias - 16 de novembro de 2004 - 13:15

Para especialistas, o bom desempenho da balança comercial é fruto desta concentração, pois aumenta a escala e facilita as vendas. Mas, por outro lado, eles argumentam que a pequena quantidade de compradores das commodities deixa o produtor sem poder de barganha, diminuindo sua renda.

Uma tendência mundial no mercado de commodities, mas que não tem agradado os produtores. Para o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), é preciso que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) verifique a ação dos frigoríficos exportadores. Atualmente, as maiores empresas do setor respondem por 73% das vendas externas de carnes bovinas. Mas, para Nogueira, o problema não é o tamanho do mercado e, sim, a ação das indústrias que têm filiais em diversos estados e que, quando os preços estão altos, deixam de comprar em determinada praça e buscam a matéria-prima em outra. "O poder de pressão dos frigoríficos é muito grande em relação a quem só trabalha no mercado interno", afirma.

Segundo o pesquisador Juarez Machado, do Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Cepa), há relação de forças entre as indústrias e os supermercados, que deixa o produtor no meio da briga, sem política de preços. No setor de frangos, as maiores empresas respondem por 60% das exportações e no de suínos, 52%. Ou seja, grande parte dos US$ 5,2 bilhões exportados pelo complexo carnes nos últimos 12 meses foi revertido para um número pequeno de indústrias. "Toda concentração não é boa, pois se há um problema com uma das indústrias, todo o País paga", afirma Paulo Molinari, consultor da Safras & Mercado.


Autor:
Gazeta Mercantil

SIGA-NOS NO Google News