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Plantio em MT será mais barato

Acrissul - 27 de julho de 2005 - 15:37

Depois de safras bem “alimentadas”, com a utilização de muito adubo e fertilizantes, produtores querem agora colher os investimentos que foram feitos, ou seja, aproveitar ao máximo os nutrientes que foram, literalmente, depositados no solo. A palavra de ordem é comprar o mínimo possível destes primeiros insumos para garantir do solo produtividade muito próxima ao histórico dos talhões.

O produtor Rui Otoni Prado, atualmente vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato) e membro da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), está em campo para saber exatamente onde vai plantar soja.

“A redução da utilização de tecnologia, ou seja, menos insumos, implica, irremediavelmente, na redução de área. As primeiras análises me mostram que enquanto gastava cerca de US$ 120 de adubo por hectare plantado, até esta última safra, vai ser reduzido em US$ 80. Áreas arenosas, marginais e aquelas que necessitam de muita correção serão descartadas, daí vem a projeção de redução”. Prado, que cultiva soja no município de Campo Novo do Parecis (397 quilômetros do Noroeste de Cuiabá), acredita que dos 300 mil hectares da safra 04/05, o município contabilize uma redução total em cerca de 10%.

Custo benefício – A poupança do solo é possível por meio da análise dos nutrientes contidos no solo e também pelo histórico de cada talhão da propriedade, para descoberta do potencial produtivo e do mínimo, em adubos e fertilizantes que serão necessários para a nova safra. “Vai ser preciso algumas correções, mas agora, com este raio-x da propriedade vamos estar aplicando insumos onde e na quantidade necessária. Até a safra passada, utilizávamos quantidades equivalentes por toda a extensão cultivada”, explica Prado.

Menos tendo de investir cifras para adoção do novo comportamento, o produtor salienta que vale à pena. “O resultado das análises vão permitir a otimização. Na nova safra, até mesmo por questões de aprendizado, apenas 20% da minha área, vai estar sendo cultivado por este método”.

Prado está utilizando dados históricos de produtividade de sua fazenda e ainda recorrendo as consultorias especializadas, que obtém informações por meio de satélites. Questionado se esse investimento são seria maior do que o de tratar a terra por igual, o produtor responde que não. “Para análise de cada talhão, investe cerca de um saco e meio de soja. Só a economia que os resultados vão me trazer são suficientes, mesmo porque se fosse manter o preparo de solo que fazia antes, os custos seriam superiores ao investimento que faço neste momento”, justifica.

Para o também dirigente sindical, a adesão será maciça em todo Estado. “pelo amor ou pela dor, com assistência técnica especializada, ou por conta própria, a poupança será utilizada”.

Para o presidente da Famato, Homero Pereira, a poupança do solo, ou seja, a redução de tecnologias, é uma realidade para quem não tem outra opção, a não ser produzir. “A cerca de 60 dias do início do plantio da nova safra em Mato Grosso, e com tantos acertos a serem feitos pós tratoraço, essa é a única opção”, sentencia.

Fonte: Diário de Cuiabá

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