Médicos espanhóis realizaram uma pesquisa que lhes permitiu prever, com até 100% de acerto, quais pacientes com deterioração cognitiva leve vieram ou não a desenvolver o mal de Alzheimer. A equipe, formada por neurologistas da cidade espanhola de Zaragoza, afirmou nesta quarta-feira que o objetivo era determinar se é possível prever quem desenvolverá ou não a doença. As principais aplicações do estudo são o possível adiantamento na administração de remédios e a diminuição dos efeitos colaterais produzidos por eles e um melhor acompanhamento do tratamento e sua redução de custos. Segundo os médicos, a metade das pessoas com deterioração cognitiva leve desenvolverá o mal de Alzheimer nos próximos seis anos, da mesma forma que 10% das pessoas com mais de 80 anos. Os resultados da pesquisa serão publicados em abril pelo American Journal of Psychiatry e previram com 100% de acerto os casos que não desenvolveram a doença e com 83% os que desenvolveram. As pesquisas continuam para eliminar os 17% de erro, o que levaria à total confiabilidade na hora de prognosticar se uma pessoa com deterioração cognitiva leve desenvolverá ou não a doença. Em uma pessoa sem riscos de sofrer a doença morrem cerca de mil neurônios por dia no cérebro, enquanto em um doente de Alzheimer morrem milhões.