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Parar de fumar, uma decisão saudável

EPharma Notícias - 25 de maio de 2016 - 16:00

O tabagismo se transformou em um problema de saúde mundial e, cada vez mais, as autoridades públicas e também as corporações lançam campanhas para estimular uma vida sem tabaco. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que um terço da população mundial adulta – 1 bilhão e 200 milhões de pessoas – seja fumante. E isso tem reflexos diretos na saúde da população mundial.

Embora as mortes de fumantes raramente se tornem manchetes no noticiário, o tabaco mata uma pessoa a cada seis segundos. Entre um terço e a metade de todas as pessoas que fumam têm sua expectativa de vida encurtada em torno de 15 anos. Hoje, o uso do tabaco responde por 10% das mortes entre os adultos em todo o mundo - mais de cinco milhões de pessoas por ano. Em 2030, a menos que sejam tomadas medidas urgentes, o número anual de mortos do tabaco subirá para mais de oito milhões.

Tabaco fumado, sob qualquer forma, concorre com até 90% de todo o tipo de câncer do pulmão e é um fator de risco significativo para acidentes vasculares cerebrais e ataque cardíaco fatal. O fumo passivo também tem consequências graves e, por vezes, fatais de saúde.

Nos Estados Unidos, o fumo passivo provoca, anualmente, cerca de 3.400 mortes por câncer de pulmão e 46.000 mortes por doenças cardíacas. O fumo passivo é responsável, nos Estados Unidos, por cerca de 430 casos de síndrome da morte súbita do lactente, 24.500 bebês nascidos com baixo peso, 71.900 partos pré-termo e 200.000 episódios de asma na infância, anualmente.

Um único cigarro contém nada menos do que 4.700 substâncias nocivas à saúde, como a nicotina e monóxido de carbono, além de elementos radioativos. Todos esses elementos químicos aumentam as possibilidades de doenças. De acordo com as estatísticas do INCa (Instituto Nacional de Câncer), os fumantes, comparados aos não fumantes, têm 10 vezes mais chances de adoecer de câncer de pulmão e 5 vezes mais riscos de sofrer infarto. Além disso, correm o dobro de risco de sofrer derrame cerebral.

Neste sentido, a OMS decretou o tabaco como uma das cinco maiores ameaças à saúde humana, motivo pelo qual criou, em 1987, o Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado em 31 de maio. Esta data destaca a importância para alertar sobre os riscos das doenças evitáveis relacionadas ao tabagismo. Também é uma data para estimular as pessoas a pararem de fumar.

A maioria dos usuários de tabaco pretende abandoná-lo, porém, pode encontrar grande dificuldade por conta da dependência causada por uma substância altamente viciante - a nicotina - droga que impacta o cérebro imediatamente após sua inalação, tão eficientemente como uma injeção intravenosa.

O sistema público de saúde e diversas corporações já contam com programas que ajudam as pessoas a parar com o consumo de tabaco. É preciso começar e acreditar que mudanças de hábitos são essenciais para a melhoria da qualidade de vida.

Por estes motivos, se você pretende abandonar o vício, comece com um dia sem cigarro e você logo vai perceber que após 20 minutos a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal. Duas horas depois não há mais nicotina circulando no sangue. Os pulmões também agradecem e após 12 a 24 horas sem fumar eles já funcionam melhor.

Os ganhos, sem o uso do tabaco, vão se ampliando conforme o tempo for passando e após três semanas você sentirá uma respiração mais fácil, além da pele e o cabelo ganharem mais brilho. Então, depois de um ano, você já tem 50% menos riscos de doenças coronarianas e após 5 a 10 anos, o risco de sofrer infarto é igual ao de pessoas que nunca fumaram.

Nem sempre o primeiro passo é fácil, mas é importante tentar e persistir. Mude hábitos, percorra novos caminhos e deixe um tempo livre só para você no começo dessa caminhada. Lembre-se que uma recaída não é sinônimo de fracasso e, por isso, comece outra vez.

Se concluir pela necessidade de auxílio, busque seu médico de confiança e lembre-se que já existem recursos terapêuticos – a varenicilina, por exemplo - e outros produtos que podem contribuir para o sucesso.

(*) Pedro Oliveira é diretor médico da ePharma, empresa líder no mercado de assistência de benefícios farmacêuticos

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