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"O Brasil de Justo Veríssimo e Umbelina"

Manoel Afonso - 17 de janeiro de 2014 - 10:08

"O Brasil de Justo Veríssimo e Umbelina"

CONCEITOS Falsos ou não, existem na política. Um deles, ‘o povo unido jamais será vencido’ resiste ao tempo como propaga Umbelina ( assistente social do Zorra Total) ao ensaiar passinhos de dança ao som daquele refrão musicado.


UMBELINA lembra Justo Veríssimo, só que com mais filosofias vans e promessas demagógica para tentar engabelar o povo. Mas de certo modo ambos retratam os contraditórios cenários do poder, com o povo manipulado emocionalmente.


SEDUÇÃO A História mostra o sucesso da mentira junto ao povo. Os verdadeiros foram preteridos em favor dos falsos, especializados em promessas doces. Juntos, os homens perdem a razão, não pensam, são levados por emoções coletivas.


PERGUNTO: Não foi o chamado voto popular através da aclamação em praça pública que condenou Cristo e salvou Barrabás? Alí o ‘o povo estava unido’, mas tornou-se cruel perdendo o senso moral influenciado pelo discurso de Pilatos.


ENGANOS O povo alemão’ estava unido’ ao levar Hitler ao poder. Foi assim com Mao-Tse-Tung, Mussolini, Pol Pot (Camboja), Leopoldo II (Congo Belga), Stalin, Ceausesc (Romênia), Samora Michel (África) e tantos outros ditadores.


DEMOCRACIA Mesmo construída com os votos dados livremente tem em seu bojo equívocos/vícios. Hoje a sedução do ‘povo unido’ pelas imagens da mídia impressiona. Portanto, é grande a distância entre voto livre e voto consciente.


COMPARANDO: Na Roma antiga o ‘povo unido’ tinha pão e circo, onde os cristãos eram comidos pelos leões. Só que os cristãos de hoje são outros: de comida de feras eles se transformaram em donos do circo para conquistar o poder.


INDAGO: A vontade do glorioso ‘povo unido’ sempre é confiável, a melhor dentre todas aquelas alternativas de poder do quadro eleitoral? Ora! Também nossos exemplos domésticos mostram que não. Clique na sua memória e confira a extensa lista.


BRASIL Aqui a planificação racional da administração pública perde de goleada para as promessas ilógicas e inviáveis dos demagogos de plantão. Os escândalos mostram o ‘povo unido’ pelo imediatismo que não lhe cobra qualquer sacrifício pessoal.


O FUTURO Tende a copiar o passado e com a agravante de se inflar esses programas sociais de cunho eleitoral. Não haverá como dispersar o brasileiro, que ‘continuará um povo unido’, cada vez mais sedento por facilidades e bonificações.


SIM OU NÃO? A emenda parlamentar incentiva a corrupção? Teria caráter meramente clientelista? Agrediria em cheio o art. 37 da Constituição que recomenda legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência da administração pública?

OLHAR-1 Para o deputado/vereador é a chance de atender sua base eleitoral, onde repousam suas esperanças eleitorais. Esse ‘dando que recebe’ com o Executivo pode ser anti-partidário, mas faz o parlamentar se sentir prestigiado de vez.


OLHAR-2 Há risco das empreiteiras estarem vinculadas aos parlamentares ; os custos e benefícios das obras se tornam suspeitos. A avaliação das prioridades do gasto público passa pelo critério político, menosprezando assim o aspecto técnico.


DESEJOS Entre a questão partidária e sua sobrevivência política, o parlamentar quase sempre prioriza a segunda hipótese. Ele sabe: no fundo, o eleitor quer aquela obra ou benefício para sua comunidade, independentemente dos expedientes usados.


A JOGADA Se o Orçamento da União é de R$6 bilhões, cada parlamentar manipula R$40 milhões durante o mandato e acerta o financiamento empresarial da próxima campanha. Aí dificulta a eleição dos candidatos novatos e duros.


ARREMATE Explica-se ai as razões que levam parlamentares ‘oposicionistas’ a votarem a favor de matérias do Governo, além de evitar críticas ácidas ao Planalto. No fundo, no fundo, querem ver suas emendas liberadas e ponto final.


O PREÇO Era previsto! Atento aos espaços que se abrirão no Governo por conta das eleições, o PMDB quer aumentar sua fatia. A pseudo ameaça de rompimento é balela pura. Temer, Sarney e Renan – por exemplo, sem motivos para reclamar.


A PROPÓSITO: André não nega a boa ajuda federal recebida. Foi assim também na administração de Nelsinho. Claro: senadores e deputados influenciaram, mas no frigir dos ovos não houve discriminação contra a administração peemedebista.


DELCÍDIO Seu relatório de liberação de recursos divulgado no final do ano teve também esse condão de demonstrar: independentemente de partido, os prefeitos e vereadores foram atendidos na medida do possível pelo Planalto.


VOLTA? Sem time para compor uma chapa pura forte e sem mecanismos para bancar a campanha na ‘majoritária’, os tucanos locais admitem momentos de reflexão. Os deputados estaduais por exemplo sabem: correm sério risco.


‘A GUERRA’ Mesmo longe das eleições, o clima nas redes sociais é de intolerância. A tendência é que esses conflitos de opiniões acabem formando uma panela de pressão e o nível baixando cada vez mais. Opinar vai ficando cada vez mais difícil.


IMAGENS: Retratam a política. O ‘flagra’ de deputados evangélicos corruptos do DF orando por receberem R$50 mil do mensalão dos Democratas é bem isso. Essa mistura de religião & política é um verdadeiro samba do crioulo doido. Aleluia..


“Eu amo os pobres... Vocês são gente – quase como nós! ( Umbelina

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