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"Não temos interesse em paralisação", diz liderança do setor

Correio do Estado - 18 de abril de 2019 - 12:00

Em Mato Grosso do Sul, é quase nula a possibilidade dos caminhoneiros em atividade aderirem a uma paralisação nacional, conforme anunciado na semana passada (13 de abril), depois que a distribuidora Petrobras anunciou reajuste no preço do óleo diesel. O governo federal interviu no aumento, mas, algumas questões ainda estão pendentes como a definição do frete mínimo para transporte de cargas.

O proprietário da Santa Edwiges Transportes, Valcir Francisco da Silva, que também é associado da Cooperativa dos Transportadores do Estado do Pantanal (Cootrapan) destaca que, "em nenhum momento falamos em greve. Participei de reuniões e assembleias e o que os transportadores autônomos e caminhoneiros reivindicam é um frete mínimo, que custeie os gastos com o transporte das cargas", destaca.

Silva argumenta que paralisação como aconteceu ano passado (em maio) não resolve e acaba sendo "manipulada" por interessados em pressionar poder público ou setor empresarial. "Não foi descartada a possibilidade de pontos de manifestação, mas a categoria não tem interesse em cruzar os braços", acrescenta o empresário.

LIDERANÇAS PATRONAIS

O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de MS (SetLog/MS), Cláudio Cavol, lembra que um dos fatores que culminaram na queda do valor do frete foi o incentivo oferecido nas administrações dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef. Na ocasião foram disponibilizadas linhas de crédito subsidiadas pelo governo federal, com juros de no máximo 3% ao ano, e prazo de pagamento ampliado para 10 anos.

"Muitos transportadores compraram caminhões, o que gerou uma frota além do que o mercado comportava. O resultado direto foi a queda no valor do frete e quem sentiu primeiramente foi o caminhoneiro autônomo. Por isso, o Setlog é favorável ao frete tabelado, uma medida necessária que a presidência está tomando, visto que o transportador autônomo é responsável por quase 50% de tudo o que é transportado pelas rodovias brasileiras", observa.

GOVERNO FEDERAL

A preocupação com uma possível paralisação nacional dos caminhoneiros brasileiros levou o governo federal a anunciar ontem (16), uma série de medidas que atendem a demandas da categoria solicitadas desde o ano passado.

Conforme detalhado no anúncio presidencial, as ações vão de linhas de créditos diferenciadas, fiscalização no cumprimento da tabela até construção de espaço para descanso dos motoristas nas estradas.

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