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Morre Alide Belotti

Pioneira de Chapadão do Sul

O Correio News - 03 de dezembro de 2020 - 06:25

 Morre Alide Belotti

Falecem ontem Alide Belotti, 71 anos, casada com  Armelindo Belotti ( Nego do Posto) e mãe do ex-vereador Dudu.

Alide Belotti é uma das pioneiras da cidade e vinha há muitos anos lutando contra um câncer.

Seu velório deverá ocorrer nesta quinta-feira na velodoria municipal, a partir das 07 horas, obedecendo as normas da vigilância .

 

Texto da homenagem feita Câmara Municipal no Dia do Idoso

Alide Remonatto Belotti, nasceu em Jacutinga – RS, em 1949. Filha de Luiz e Maria Remonatto.

Passou sua infância e juventude em Jacutinga, e em 1973 casou-se com Armelindo Belotti, conhecido por todos nós como Nego, e tem três filhos Gustavo, Eduardo e Maria da Graça, e uma filha do coração, Dalva, a qual reside com o casal desde 1997.

Em Agosto de 1976 o Senhor Angelo Gasparetto veio conhecer o MS, mais precisamente Chapadão dos Gaúchos. Vendo que era um lugar promissor voltou a Jacutinga com uma proposta ao Nego, que levasse Alide para conhecer a região e se gostassem, comprariam o Posto de combustível do Senhor Schultz. Tudo foi muito rápido e em setembro do mesmo ano, 1976, se mudaram para Chapadão o casal Armelindo e Alide, e seus dois filhos de 2 e 1 ano de idade.

Em Chapadão, tudo era muito precário só tinha o posto e a casa de seu Edwino Schultz. Na região quase não tinha estradas, não possuía médicos, farmácias, todos dependiam de Cassilândia. Até para lavar as roupas iam a fazenda do Sr. Augusto Krug, na casa da Dona Mercedes à 15 km de distância da cidade.

Em 1981 ficou gravida de seu terceiro filho, e por não ter recursos em Chapadão, foi a Jacutinga junto de seus pais, para nascer então Maria da Graça, que com dois meses de idade veio para Chapadão.

Como na cidade não tinha hotel, em sua casa sempre hospedava pessoas que por aqui passavam e não tinham como seguir viagem, famílias que vinham do Sul. Enfim, sua casa de portas abertas a todos. E também irmãs religiosas de várias congregações que vinham em missão, padres e bispo, era em sua casa que se hospedavam.

Dona Alide, vinda de uma família muito católica, sentiu a necessidade de juntar as famílias para rezar. Foi então que começou o terço, numa das salas da escola aos domingos a trade, e após iam para o chimarrão em sua casa.

Vendo as crianças crescendo, começou a prepara-las para a 1ª Eucaristia e Crisma, foi a 1ª catequista e por vários anos, realizando também, a celebração da palavra aos domingos de manhã.

Como tinha as visitas do padre de Cassilândia uma vez por mês, quando dava, e a vila ia crescendo, sentiram a necessidade de um padre fixo, junto com os demais encabeçaram um abaixo assinado para trazer um padre.

Dona Alide contribuiu para a emancipação de Chapadão do Sul. Participou da construção do Salão Paroquial antigo, na construção da Igreja Matriz e do Salão Paroquial novo, participando da Diretoria da Igreja, juntamente com seu esposo, por mais de 20 anos.

Dona Alide lutou e buscou a vinda das irmãs para Chapadão do Sul que até hoje desenvolvem um trabalho social muito bonito em nossa cidade.

Na gestão do Senhor Elo Ramiro Loeff, trabalhou junto à 1ª dama, Dona Onéia na Assistência Social. Foi Diretora da Creche Pingo de Gente, e junto com Dona Onéia formaram o Grupo da Melhor Idade (Conviver).

Ajudou e trabalhou com a professora Cidinha, no início da Escola CEPE.

Juntamente com o Dr. Elio Liber e Dona Irani fundaram o Centro de Recuperação de dependentes químicos – COTENEC, e até hoje continua atuando nesse centro, através da Pastoral da Sobriedade.

Atualmente, Dona Alide faz parte do Grupo da Melhor Idade, e é membro da diretoria.

Na rádio, por dez anos conduziu o programa da Hora do Angelus, e até hoje participa, sempre que preciso.

Participou de várias pastorais e ainda faz parte de algumas. Dona Alide muito contribuiu por nossa cidade, principalmente na comunidade católica, preparando muitos pais e padrinhos para o batismo de seus filhos, em horas difíceis de morte esteve nos enterros, visitando e levando conforto aos doentes, fazendo palestras a casais e também nas escolas, falando aos alunos sobre o início de nosso Município.

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