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Idade: quando as bebidas alcoólicas já não lhe caem bem

Mário Sérgio Lorenzetto - Campo Grande News - 05 de agosto de 2017 - 14:30

Não é sua imaginação, com o avanço da idade as bebidas alcoólicas já não lhe caem tão bem como na juventude. Seu cérebro pede por elas, mas teu corpo responde basta. Há explicação medica.

Não é que o efeito do álcool seja distinto quando você ultrapassou os 40 anos de quando seu corpo tinha 20 anos, o que ocorre é que, segundo os experts, alguns fatores fisiológicos à partir de certa idade contribuem para que a sensação tóxica se prolongue no tempo e nos faz sentir que os porres são piores.

O organismo vai perdendo água com a idade.

Com a perda de água, o álcool tem menos possibilidade de diluir-se. Uma vez ingerido, o álcool passa do sistema digestivo ao sangue e nele se distribui. Quanto menos água tenhamos no corpo, menos o álcool se dilui. Digamos que estará mais concentrado e essa pessoa será mais sensível a seus efeitos. Com uma quantidade pequena que para outro poderia ser tolerável, nessa pessoa pode resultar mais tóxica. É a perda de água do nosso organismo com o avanço da idade não é pequena. Passados os 50 anos, a percentagem de água, que ao nascer é de 75%, diminui para 35% a 57% nas mulheres e 47% a 67% nos homens.

O trabalho no fígado se altera.

À medida que o corpo envelhece, o metabolismo (conjunto de reações químicas) se torna mais lento assim como a função metabólica do fígado. Essa lentidão de trabalho no fígado faz com que os efeitos do álcool sejam mais evidentes com menores quantidades ingeridas.

Pense que se o fígado, órgão responsável por purificar o sangue contaminado pelo etanol, já não funciona a 100% é óbvio que necessitará de mais tempo para realizar o mesmo trabalho. Se o processo de eliminação é lento, o metabólito acetaldeido que se produz e se excreta (mais tóxico inclusive que o etanol), se mantêm mais tempo no organismo. Esse é, com certeza, o componente que provoca o mal estar, a ressaca. O acetaldeido fica mais tempo no organismo. Assim, quanto mais tempo ele fica agindo no organismo, a ressaca, portanto, é pior. Mas é importante saber que a ressaca é um dos nossos males menos estudada pela ciência. Mas sabemos que as mudanças que ocorrem em nosso organismo com o passar da idade - como o aumento da proporção de gordura no corpo em detrimento da água ou o fato de que as enzimas que se encarregam de metabolizar o álcool que passam a funcionar pior - afetam o estado catatônico da manhã seguinte seja mais terrível com o passar dos anos.

Algumas doenças no aparelho digestivo se manifestam com mais virulência no envelhecimento.

O álcool não é o melhor amigo de quem sofre problemas no estômago e alguns deles são mais frequentes com o avançar da idade. Por exemplo, o helicobacter pylori, bactéria responsável pela maioria das gastrites, que é uma inflamação da parede do estômago, demora até décadas para provocar danos, por isso se manifesta mais à partir dos 30 anos do que dos 20 anos. Se calcula que metade da população tenha o helicobacter pylori e, quando o estômago se inflama por ação dessa bactéria, o álcool cai pior, porque aumenta a irritação. Para completar o quadro de mal estar aumentado com avanço da idade, há duas afecções comuns - o refluxo gastroesofágico e a dispepsia funcional. - que não se recomenda a ingestão de bebidas alcoólicas. Só há uma saída: reduzir o consumo de álcool e a intervalos cada vez maiores.

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