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“Este é o lugar mais pecador que já estive”, diz profeta a fiéis da Capital

Campo Grande News - 26 de março de 2014 - 17:31

Depois de mais de três horas, o discurso de David Owuor, o “profeta” que faz chover, previu furacões e curou enfermos pelo mundo, resumiu-se a uma mensagem para a Igreja e aos fiéis: estejam prontos para a volta de Jesus.

Ora por metáforas, ora sem sutileza alguma, o pastor queniano falou abertamente sobre questões polêmicas, e não poupou críticas aos homossexuais, às roupas curtas e ao “pecado sexual”. Ele não hesitou em dizer que o Brasil “é o número 1 do mundo em pecado”. Essas questões, denominadas pelo pregador como “manchas da Igreja” seriam o motivo do despreparo do homem para o retorno de Jesus.

Neste ano, além de Campo Grande apenas outras duas capitais do país receberam a visita de David – São Paulo e Rio de Janeiro. “Escolhi Campo Grande porque Jesus falou comigo. Agora, com a minha chegada, vocês estarão prontos para receber o Messias. Vocês devem sair do pecado e se arrepender para recebê-lo”, iniciou em inglês, sempre seguido da tradução de um intérprete.

Para o profeta, a Igreja e seus fiéis “pararam no tempo”, enquanto a volta de Jesus está próxima. “Como é possível a Igreja alegrar-se com o mundo, enquanto o relógio já mudou?”, questionava. Os líderes das Igrejas foram os mais criticados. “Ovelhas são ovelhas, e sempre vão obedecer. Como querer repreender o pecado, se você está no pecado?”, bradava.

Saia curta e gays - “Porque ainda temos meninas no culto com saias curtas e calças apertadas, que vão para mostrar a silhueta?”, emendou, em meio à aplausos e gritos de “Aleluia!” da platéia.

Segundo David, o “pecado sexual” da vestimenta é a primeira mancha da Igreja brasileira. “Quando cheguei ao Brasil e entrei no carro, queria fechar os olhos para não ver. Se você olhar o vestido das mulheres, você verá que o Brasil foi para o inferno”, disse ele, que foi mais além ao afirmar que “no reino de Deus, não haverá cristão moderno” e, por isso, homossexuais e bissexuais não podem ser aceitos na Igreja.

Prosperidade – Também alvo de duras críticas, David pregou o fim do “evangelho da prosperidade”. “Não existe um contrato entre o senhor Jesus Cristo de que garanta segurança e prosperidade. Não é dê e receberá em dobro”, disse, emendando que “falsos apóstolos” pregam a necessidade de enriquecimento. “São esses que pregam no púlpito e, em seguida, bebem e fumam”.

“Vim para varrer as minissaias, calças apertadas, mentiras, falsidade, prosperidade, fumo e a bebida. Se esforcem para viver em paz com todos os homens e serem santos”, finalizou ao público que o ouvia atentamente no Parque das Nações Indígenas.

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