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Espermograma: quando um homem deve fazer? Como o exame é feito e para que serve

Abc Med - 24 de maio de 2016 - 14:00

Para se gerar um novo ser humano é preciso que os espermatozoides (gametas masculinos) possuam condições de encontrar e fecundar o óvulo feminino. O espermograma é um exame que visa analisar as condições físicas e químicas do sêmen humano e as propriedades dos espermatozoides, avaliando as condições dele para fertilizar o óvulo feminino. Geralmente ele é feito na tentativa de devolver ao homem a capacidade de procriar e de diagnosticar a natureza da sua incapacidade, quando houver, muitas vezes permitindo tratá-la.

Para que serve o exame?

O espermograma ajuda a avaliar as funções dos testículos e das glândulas seminais, servindo também para monitorar a fertilidade, após uma cirurgia de vasectomia.

Existe alguma preparação para a realização do espermograma?

O paciente deve ficar de três a cinco dias sem manter relações sexuais e abster-se de outra forma qualquer de ejaculação, porque tanto a qualidade, quanto a quantidade dos espermatozoides são afetadas por ela (se o exame for feito para monitorar vasectomia, não é necessário abster-se de ejaculação). De regra, nenhum outro preparo é necessário. Em raros casos em que se deseja dosar a frutose, alguma recomendação pode ser feita quanto à dieta.

Em que consiste o exame?

O exame geralmente é feito em laboratório. Ele consiste em colher o sêmen num frasco de boca larga, esterilizado, através da masturbação realizada em sala especialmente preparada para este fim. Após a coleta, o sêmen será analisado macro e microscopicamente. Para aqueles que se sintam muito constrangidos em colher o material num laboratório, ele pode ser colhido em casa, mas deve ser mantido aquecido e levado ao laboratório o mais rapidamente possível (dentro de 60 minutos após a coleta, no máximo). Essa opção, no entanto, deve ser evitada.

Em virtude da grande variabilidade apresentada pelo exame e das múltiplas influências físicas e psicológicas a que ele está sujeito, ele deve, idealmente, ser repetido mais duas vezes, num espaço de quinze dias entre cada realização. Os espermatozoides são então avaliados quanto à sua forma, quantidade e mobilidade .

Quem deve fazer o exame?

Normalmente, o exame é feito no decorrer de uma investigação de infertilidade de um casal ou por homens suspeitos de infertilidade ou que se saiba serem inférteis, para determinar a natureza dessa infertilidade.

Para que se dê a produção de um novo ser é necessário que o espermatozoide seja capaz de alcançar e fertilizar o óvulo. Para isso, ele precisa ter uma série de propriedades, como movimentos bem direcionados, formato adequado e capacidade de penetrar no interior do óvulo. O exame é feito para avaliar esses parâmetros ou para monitorar uma vasectomia.

O que este exame pode indicar?

O exame pode indicar a possibilidade de fertilidade ou infertilidade masculina. Um espermograma normal é um indicador (não o único, nem o definitivo) da fertilidade masculina. Um exame macroscópico avalia, a olho nu, a quantidade, o odor, a viscosidade e o pH do sêmen. Uma análise microscópica avalia, através de um microscópio, a concentração, morfologia e motilidade dos espermatozoides. Ao mesmo tempo, pode também examinar a presença de bactérias e de glóbulos sanguíneos no sêmen. Os dados obtidos são então comparados com padrões normais e conhecidos por médicos especialistas, e permitem, assim, um diagnóstico. De uma maneira muito resumida, estes valores são:

Concentração de espermatozoide por mililitro de sêmen maior do que 20 milhões.
Motilidade progressiva (espermatozoides que se deslocam) maior do que 50%.
Morfologia normal maior do que 15%.

Um espermograma anormal pode indicar:

Azoospermia: ausência total de espermatozoides.
Oligospermia: espermatozoides presentes em número inferior ao normal.
Astenospermia: motilidade diminuída dos espermatozoides.
Oligoastenospermia: diminuição do número e motilidade dos espermatozoides.
Teratospermia: alterações do formato dos espermatozoides.
Necrospermia: alta percentagem de espermatozoides mortos.
Leucospermia: alta taxa de leucócitos no líquido seminal. Pode ser um sinal de infecção.

Cada uma dessas alterações dos espermatozoides pode ser ocasionada por diversas condições orgânicas, que cabe ao médico examinar.

Existe algum uso especial do espermograma?

Pacientes que vão receber quimioterapia podem ter seu sêmen congelado, para preservar sua fertilidade, caso suas células seminais deixem de funcionar.

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