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"É triste, mas fazer o que", diz dono de carro incendiado; veja vídeo

Bruna Girotto - 09 de março de 2013 - 13:42

Eram quase 5 horas de domingo (3) quando o estoquista Roger Luiz Lopes Figueiredo, de 20 anos, chegou no mirante do Aeroporto Internacional de Campo Grande, na avenida Duque de Caxias. Cerca de 20 minutos depois teve início a confusão que terminou com o carro dele depenado, tombado e queimado. “Eu não sei, na verdade, porque o pessoal quis arrumar confusão comigo”.

Ele e um amigo tinham saído de uma festa e foram para o local, onde já havia muita gente e veículos com música. “Já cheguei lá com o som do carro ligado”, conta Roger, que já havia ido outras vezes ao mirante, sendo essa, segundo ele, a primeira que terminou em confusão.

O rapaz lembra que não fez nada que pudesse provocar briga, mesmo assim, um grupo passou a ‘olhar feio’ para ele. Houve discussão com um dos jovens, que em seguida agrediu Roger, que revidou. “Não vou mentir, eu também bati”, disse.

Com as agressões teve início a confusão. “Não sei se foi inveja por causa do som, se me confundiram com outra pessoa. Não sei o que aconteceu”, declara o estoquista, que fugiu para um matagal próximo e de lá viu o carro ser depenado e tombado. O amigo também se escondeu.

Roger ligou para a PM (Polícia Militar). Os policiais chegaram “em oito ou 10 minutos” e o rapaz saiu do matagal. Ele conversou com os militares, que foram embora em seguida. “Expliquei o que tinha acontecido e eles disseram que eu estava no lugar errado e eles foram embora”.

Com medo das ameaças, ele e o amigo foram embora de táxi. Roger ficou na casa da avó e de lá ligou para a mãe. Quando ela chegou ao mirante, com guincho, viu o carro em chamas. “Quando ela chegou o Corpo de Bombeiros estava apagando o fogo já”. A mãe ligou para o filho, que foi à delegacia registrar o caso. “Perdi meus documentos, meu carro, meu som. Não sei se roubaram meus documentos ou se queimaram junto”.

Agora, o que sobrou do carro de Roger está em frente à casa dele. “Cada vez que vejo lembro do que aconteceu. Hoje, quando cheguei do serviço, não consegui dormir e lembrava de tudo. É triste, mas fazer o que?”.

O estoquista utilizava o Gol para trabalhar. O automóvel era quitado há um ano, não tinha seguro e era equipado com som considerado de alta potência.

Os envolvidos na confusão fugiram em dois veículos: um Gol e um Fiat Uno. Pelas imagens feitas pelas câmeras da avenida a Polícia Civil identificou os dois automóveis e chegou até três pessoas que estavam no carro.

Uma das pessoas, o estudante de Medicina Veterinária Carlos Natan da Silva Gonçalves, 19 anos, se reconheceu nas imagens e confessou que havia furtado uma bateria do carro de Roger, mas negou envolvimento no incêndio e na confusão. O universitário foi indiciado por furto qualificado. Os dois amigos dele não participaram da baderna.

O caso é investigado pela 6ª Delegacia de Polícia Civil. Os policiais agora tentam identificar os demais envolvidos na confusão. Foram pelo menos 10 pessoas.

Vídeo - Imagens registradas por câmeras instaladas na avenida mostrar o momento em que uma viatura da Polícia Militar vai ao local onde está acontecendo a confusão. O carro de Roger já está tombado. O policias permanecem por alguns minutos e em seguida vão embora.

Momentos depois as pessoas que estavam no local passam a depenar o carro. Na sequência o veículo é incendiado.

Em contato com o Campo Grande News a assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que vai apurar o caso.

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