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Geral

Como é a hiperplasia benigna da próstata?

Abc Med - 22 de maio de 2016 - 14:00

A hiperplasia benigna da próstata é detectada pelo aumento benigno do tamanho da próstata, que normalmente se inicia em homens acima dos 40 anos de idade. É devido à hiperplasia das células do estroma e do epitélio da glândula, resultando na formação de nódulos na região próxima à uretra que podem dificultar ou mesmo obstruir a micção.

A próstata é um órgão que envolve a uretra, situado inferiormente em relação à bexiga e anteriormente em relação ao reto, que tem como uma de suas funções fabricar o esperma. Ela começa a crescer a partir da puberdade, quando atinge cerca de 20 gramas, e experimenta um desenvolvimento maior a partir dos 50 anos. Seu peso num determinado momento pode ser estimado através da ultrassonografia transretal. A hiperplasia benigna da próstata não tem relação com o câncer da próstata nem é uma situação pré-cancerígena, embora o câncer da próstata possa surgir numa próstata hiperplásica.

O que causa a hiperplasia benigna da próstata?

Não se conhecem exatamente as causas da hiperplasia benigna da próstata, mas sabe-se que os hormônios androgênicos desempenham um papel importante.

Quais são os sintomas da hiperplasia benigna da próstata?

Devido a sua particular localização anatômica envolvendo a uretra, quase todos os sintomas ocasionados pela hiperplasia benigna da próstata são urinários. Eles podem ser classificados em obstrutivos e irritativos.

Os sintomas obstrutivos incluem:

Esvaziamento incompleto da bexiga.
Jato fraco de urina.
Eventual dilatação dos ureteres.
Retenção total da urina, o que constitui uma emergência médica.

Os sintomas irritativos compreendem:

Aumento da frequência de urinar.
Mudança no ritmo miccional, prevalecendo uma maior frequência no período da noite.
Urgência urinária (necessidade premente de esvaziar a bexiga).
É frequente haver incotinência urinária (“urina solta”) com eliminação involuntária de urina na roupa.

O estreitamento da parte da uretra que fica dentro da próstata (intraprostática) e as consequentes alterações do fluxo urinário aumentam o risco de retenção e infecções do trato urinário. Outro sintoma possível é a impotência, devido ao atingimento dos nervos que controlam a ereção. No entanto, nem todos os homens com hiperplasia benigna da próstata terão esses sintomas porque, em cada um, o crescimento da próstata assume volumes e características variáveis.

Como se diagnostica a hiperplasia benigna da próstata?

Para o médico experiente, o exame de toque retal (palpação da próstata a partir do reto) pode mostrar uma próstata aumentada de tamanho. Exames de imagem como ultrassonogafia abdominal total ou transretal e outros podem complementar o diagnóstico. Exames de sangue ajudarão a afastar doenças malignas da próstata, sobretudo a dosagem do antígeno prostático específico (PSA). Os níveis desse antígeno, no entanto, podem se apresentar elevados em razão de inflamações ou outras alterações do órgão (traumatismos, por exemplo), sem que isso seja sinal de malignidade.

Como se trata a hiperplasia benigna da próstata?

Normalmente a hiperplasia benigna da próstata caminha sem tratamento se os sintomas urinários são inexistentes ou muito brandos. Apenas deve ser feito um monitoramento e acompanhamento regulares pelo médico, seja pela possibilidade de agravamento dos sintomas, seja pela possibilidade do aparecimento de células malignas. Em alguns casos podem ser utilizados medicamentos que visam diminuir o tamanho da próstata.

Se os sintomas são intensos e muito incomodativos, pode ser feita uma ressecção da porção central da próstata, seja por uma cirurgia aberta, seja por via uretral. Existem também outras técnicas, que se utilizam de Laser, micro-ondas, cauterização, etc., mas elas dependem das características e da gravidade de cada caso. Em todos os casos permanecem as camadas externas da próstata e, por isso, os controles rotineiros devem continuar sendo feitos.

Como evolui a hiperplasia benigna da próstata?

A hiperplasia benigna da próstata não tratada pode ser uma doença progressiva. Entre as consequências da dificuldade miccional que apresenta, pode ocorrer o não-esvaziamento completo da bexiga, infecções do trato urinário baixo, formação de cálculos (pedras) na vesícula, retenção urinária com aumento da urina residual (quantidade de urina que permanece na bexiga após cada micção). Em alguns casos pode ocorrer um câncer juntamente com a hiperplasia benigna da próstata, condição que pode ser suspeitada pela mudança de consistência do órgão, observada ao toque retal e confirmada através da biópsia prostática.

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