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Brasil é o maior consumidor mundial de anfetaminas

Irene Lôbo / ABr - 03 de março de 2006 - 16:53

O Brasil é o país que mais consome anfetaminas no mundo. A informação aparece no relatório anual de 2005 da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), uma organização independente que auxilia as Nações Unidas nesse tema. O relatório também afirma que aumentou o consumo das anfetaminas por pessoa na Austrália, República Tcheca e Singapura. O documento foi divulgado hoje (3), em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília.

As anfetaminas são drogas muito utilizadas em pessoas que querem emagrecer, afirma o professor integrante da Jife e diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), Elisaldo Carlini. Segundo ele, o Brasil deve consumir cerca de 30 toneladas do medicamento por ano. Em 1995 e 1996, o consumo brasileiro girava em torno de 22 toneladas.

"Esse uso adoidado de anfetaminas ocorreu no Brasil no início da década de 90, quando Argentina e o Chile eram campeões da América do Sul. A OMS tomou providências e decresceu muito o uso no Brasil. Em 1996, caiu 2/3 praticamente. A partir de 1997 o Brasil volta de novo e agora é o campeão mundial no consumo de anfetaminas. Até dois anos atrás era o terceiro, agora passou para primeiro", afirma Carlini.

O Secretário Nacional Antidrogas da Presidência da República, Paulo Roberto Uchoa, disse que o Ministério da Saúde brasileiro já está ciente do problema do consumo das anfetaminas. "Já tivemos opiniões de especialistas relacionando a necessidade da fiscalização dos produtos controlados, a necessidade de uma maior conscientização dos nossos médicos que receitam essas substâncias, dos usuários que não conhecem o efeito colateral, então é preciso que haja um trabalho muito sério, uma reeducação e uma fiscalização maior", diz.

A droga mais consumida no Brasil continua sendo a maconha, conforme detectaram relatórios anteriores. O cultivo ilícito da droga permanece na maioria dos países da América do Sul, inclusive no Brasil, onde, apesar dos esforços, a maconha continua a ser plantada nas regiões Norte e Nordeste do país. Em relação à cocaína, o documento destaca a apreensão de uma tonelada da droga vinda do Brasil para a África do Sul e países da costa leste africana. Além de rota, o Brasil também figura como um dos países mais afetados pelo tráfico de cocaína.

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