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Geral

Brasil e Coréia do Sul negociam exportação de carne

Benedito Mendonça / ABr - 06 de fevereiro de 2006 - 13:21

Uma comitiva de técnicos sul-coreanos integrantes do Comitê Bilateral Consultivo Agrícola (CCA) está no Brasil para discutir o comércio no setor. De acordo com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, a exportação de carnes e do etanol é o tema mais relevantes em negociação. A visita dos técnicos sul-coreanos foi planejada a partir da visita do presidente Luiz Inácio Lula à Coréia do Sul no ano passado.

"A Coréia segue um pouco a posição de não reconhecer a influência que a Organização Mundial de Saúde Animal tem em relação ao Brasil. Então, é lutar por esse tema, sobretudo, enfatizando as ações na área de defesa sanitária que o Brasil tem desenvolvido", diz Rodrigues, que participou hoje (6) da primeira reunião do Comitê de Cooperação Agrícola Brasil-Coréia.

Para o ministro, a Coréia do Sul é um "parceiro positivo" porque importa de outros países 100% do petróleo que consome. Segundo ele, o ministério tem procurado montar Conselhos Consultivos Agrícolas com países importantes para o Brasil do ponto de vista comercial, tecnológico e de relações de intercâmbio na agricultura. E a Coréia do Sul faz parte desse grupo.

Para o vice-ministro de Comércio Internacional da Coréia do Sul, Jangbae Youn, tradicionalmente a cooperação no setor de agricultura entre os dois países não é muito grande, mas, "essa tendência está mudando". Na opinião de Youn, um exemplo disso é que nos últimos três anos houve um aumento nas trocas de comerciais.

Isso se deve, segundo ele, à grande importação de produtos brasileiros, que aumentou cerca de 50%. Youn salientou que sua equipe já identificou vários assuntos que poderão fazer parte de acordos futuros com o Brasil, como nas áreas de tecnologia, de informações e de política agrícola.

Do lado coreano, destacou o vice-ministro, existe a tecnologia que foi desenvolvida e que também pode ser um dos temas para discussão de possíveis acordos comerciais. "Nesse sentido nós queremos discutir com muita atenção a possibilidade de intercâmbio nas área de bioenergia e de biotecnologia", ponderou.

Outros pontos assinalados pelo ministro sul-coreano dizem respeito ao possível aproveitamento dos recursos naturais que o Brasil possui "de maneira que ambos os países saiam ganhando com isso", e também, na área de quarentena e de inspeção alimentar. "Para que possamos introduzir produtos agropecuários em nosso país, devemos abrir as discussões sobre a área sanitária", observou, se dizendo esperançoso nas novas parcerias. "Nós vamos colher bons frutos para os dois lados".

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