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Geral

‘Traíras & paqueras & trem bala & inflação’

Manoel Afonso - 23 de maio de 2014 - 15:51

AZAMBUJA Perdeu cabelos com as facadas nas costas deferidas por ‘companheiros de ninho’. Só o início; ‘trairagens’ são previsíveis, apimentam o cardápio, decepcionam mas podem ser motivadoras reforçando inclusive o mote do discurso.

CUIDADO! Quem se sente traído deve indignar-se, mas na dose certa para não deixar transparecer que o traidor seria desfalque insubstituível a ponto de provocar a derrota. Portanto, não valorizar tanto a perda parece ser a melhor atitude política.

‘A LAGOA’ Neste quadro com grandes chances de termos o 2º turno, os políticos envolvidos precisam se conscientizar da definição antiga de Abreu Sodré, segundo a qual ‘a política é a arte de engolir sapos’. Adversários hoje, juntos amanhã.

DESAFIOS A jornada dos candidatos não pode ser comparada a ‘peregrinação de Santiago de Compostela’, mas há situações que exigem coragem, desprendimento, paciência e acima de tudo determinação para se chegar ao ‘final feliz’.

NAMOROS Quem vai com quem? Da paquera ao casamento há todo um ritual para se estabelecer condições. Os 3 candidatos sem definir ainda o vice mas Tatiana tendo maiores chances de representar Dourados e o PSB na chapa de Nelsinho.

ZÉ TEIXEIRA Até onde seria o vice ideal de Azambuja? É de Dourados, mas daria à chapa a conotação excessivamente ruralista, ensejando críticas de segmentos do PT na abordagem da questão fundiária, indígena e da desigualdade social.

BIFURCAÇÃO Pelo fato de Azambuja ter identificação com Maracajú, mas nascido na capital e ter disputado a prefeitura, teria maior opções no critério da escolha do vice. Um político? Um empresário? Enfim, alguém que passe muita credibilidade.

DELCÍDIO Um diplomata que administra os conflitos internos do partido sem perder de vista os dois adversários, um dos quais poderá ser aliado no 2º turno. Policiar os radicais para não fechar portas para o 2º turno exigirá muita competência.

FORTALECIDO Visto antes por Zeca e Cia como um intruso no PT, sem militância e currículo de grevista, Delcídio é hoje a estrela maior. Sem perder o estilo abriu as portas do Palácio do Planalto, mesmo com sua atuação decisiva na CPI dos Correios.

TENDÊNCIA É no sentido de escolher um vice com peso eleitoral e prestígio. Londres seria o ideal, mas os deputados rejeitam por medo de não se reelegerem com a coligação na proporcional. A escolha será um confronto entre as correntes do PT.

EMPRESÁRIOS Pelos registros na política, após eleitos eles tem se mostrado tão famintos pelo poder e vantagens quanto os políticos tradicionais. Há mais lenda do que verdades quanto aos benefícios que possam trazer a administração pública.

DELÍRIOS Tentar aplicar o sistema de gerenciamento da iniciativa privada a complexa e burocrática administração pública é utopia. As leis que regem ambas são diferentes. É só atentar para a complexa Lei de Licitações para se concluir da impossibilidade.

IDEALISMO? Pura bazófia o papo de que tem gente com disposição para gastar milhões só para massagear o ego, aparecer na mídia e contribuir. Num país onde os interesses individuais se sobrepõem ao coletivo, é simplesmente impossível.

NELSINHO As recentes pesquisas na capital aumentaram seu cacife. Ao optar por Eduardo Campos pavimentou entendimento com o PSB de Murilo. Como os demais, acredita que possa a ser beneficiado com a sucessão nacional.

INTERIOR Lá Delcídio construiu sua resistência ao longo destes anos. Nelsinho está montando sua estratégia para minar o poder do senador através dos diretórios ativos em todos os municípios. E lembra: “O PMDB tem tradição e muita militância.”

NA TELINHA Preços de doer, juros a 11%, inflação alta, blefe do ‘São Francisco’, das 3 refinarias, trem bala, hidrovias, ferrovias e duplicação de rodovias. O último programa do ‘Democratas’ acertou na veia jugular do Governo.

DECISIVO A última pesquisa do Ibope mostra a força do programa eleitoral para definir os rumos de uma campanha. Tanto o PT, como PSDB e PSB influenciaram na descida do muro de parte dos eleitores que começaram a tomar partido.

ILUSÃO Os 40% de Dilma no 1º turno pode ser uma pegadinha, pois no 2º turno ela aparece com 43%, crescendo só 3%. Reflexo da crescente avaliação ruim que chegou aos 33%, quase igual aos 35% que taxam o governo de bom ou ótimo.

REJEIÇÃO É como a doença silenciosa que mata o cara. No caso de Dilma é quase 1/3 do número de eleitores. Em seu último programa, o PT quer saber quem é contra ou favor da continuação de seu governo, ou melhor, dos programas sociais.

CONCLUSÃO Com quase 40 milhões de ‘bolsas da vida’, o Governo vai definindo sua bandeira de campanha. Convenhamos; é pouco para um país pretensioso, mas que não cuida ao menos da saúde/educação e das questões da infraestrutura.

RUY SANT’ANNA: “ Como Lula e Dilma podem teimar acintosamente ao se posicionarem contra a elite? Ora, essa teoria sacana só na cabeça pervertida deles e alguma seita religiosa, que o homem nasceu para ser pobre/ humilhado/infeliz.”

QUE TAL? Na pesquisa Data/Folha: 6 em cada 10 brasileiros prefeririam não ter que votar. Numa outra pesquisa - da USP - a amostra preocupante: 76% não confiam nos congressistas, 73% no empresariado e 70% no respeito às leis. É mole?

“Na política a traição é como roubo. Depende mais de ocasião do que intenção”.

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