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'Sonho acabou', diz mãe de menino morto por bala perdida em MS

G1 - 25 de dezembro de 2013 - 18:21

"Ele queria estudar para ser advogado, poder comprar uma casinha para morarmos, arrumar o quartinho dele do jeito que queria, com uma televisão, um videogame e uma bicicleta. O sonho acabou ali no chão". A frase é da dona de casa Elaine Cristina Garcia Lucas, 35 anos, mãe de Matheus Garcia Cabral, 11 anos, morto após ser atingido por uma bala perdida, no domingo (22), em Campo Grande.

O crime aconteceu no Parque do Sol. O menino estava perto de casa quando foi atingido. Testemunhas viram duas pessoas correndo pelo local, uma delas perseguia e atirava na outra e um dos disparos acertou o garoto. A polícia investiga o caso e procura pelo suspeito.

Elaine se diz inconformada com a morte. “Ver seu filho, uma criança de 11 anos, jogado no chão, é horrível. A única coisa que eu quero é justiça. Nós nunca imaginamos que uma coisa dessas vai acontecer com a gente. Quem fez isso com ele está solto, rindo. Isso não pode ficar assim”, afirma.

A dona de casa contou que o filho era um garoto comportado, que gostava de jogar bola e brincar. Ela lembra que estava na casa de uma vizinha quando o crime aconteceu.

“Ouvi o tiro e, quando saí, ele já estava caído no chão, sangrando pela boca, pelo nariz”, lembra.

Ela conta que teve dificuldades para criar Matheus e se orgulha da educação e dos ensinamentos que passou ao garoto enquanto ele estava vivo. “Meu coração está leve porque tudo o que eu pude fazer eu fiz por ele. Aos trancos e barrancos passei para ele em vida tudo o que eu deveria passar como mãe”, diz emocionada.

“Queria que todas as mães cuidassem dos seus filhos também porque depois que os perdem, não tem mais o que fazer.

A mãe desse rapaz que matou o meu menino não deve ter ensinado para ele o que é certo e errado", pondera.

Apesar da tristeza, Elaine diz que se sente confortada em saber que o filho está em paz. “Ele está melhor do que eu agora porque está lá com Deus”, fala.

Outra lembrança que a mãe tem é de um convite que o menino teve dias antes de morrer. Uma tia dele o havia chamado a passar o Natal com ela em uma fazenda, mas como no bairro sempre há voluntários levando doações de presentes, Matheus recusou. “Ele falou que ia depois de ganhar os presentes que ele queria, mas não deu tempo de nada disso”, completa.

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