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‘PSDB – o leão banguela que ruge’

Manoel Afonso - 07 de novembro de 2014 - 12:51

‘PSDB – o leão banguela que ruge’

DESABAFO do eleitor tucano no saguão da Assembleia: “ o PSDB lembra aquele leão desdentado que ruge muito mas não morde”. Ironia a timidez tucana que não incorporou ao seu complexo discurso as questões pontuais que afligem a nação brasileira.


UTOPIA Aécio parecia estar disputando eleição na Suécia! O discurso predador é melhor do que o discurso de programas complexos de governo que não seduz o eleitor. Ora! Collor e Lula venceram porque souberam colocar o dedo na ferida.


ORA! ORA! Como definia o escritor e jornalista Otto Lara Resende: “a ação política é cruel, baseia-se na competição animal. É preciso derrotar, esmagar, matar, aniquilar o inimigo.” Mas o PSDB, de gente experiente, só acordou no final do jogo.


AZAMBUJA fez o que Aécio deveria ter feito. Aqui o tucano mordeu principalmente no 2º turno, intensificou a ação predatória contra o Palácio do Planalto, o PT e contra a imagem de Delcídio. Esse comportamento deu-lhe musculatura eleitoral.


A TÁTICA tucana lembra a postura de um candidato do interior que fazia do seu discurso uma aula cansativa de educação moral e cívica. Apesar de seu currículo, Aécio repetiu erros de Serra e Alckmin. O que é imperdoável para um mineiro.


OBSERVAÇÕES Aécio não abordou as construções do Porto em Cuba e do metrô de Caracas ou mesmo o caso da Petrobras na Bolívia. Até a prisão de Zé Dirceu e Cia não foi explorada na campanha e nem levantada por ele nos debates na TV.


OUTRO ERRO Vice de Aécio, Aluízio Nunes foi ignorado na campanha. Sua luta contra a Ditadura é mais significativa do que a participação de Dilma. Preso, banido, viveu na Argélia, Chile e Franca por longos anos. Não é senador por acaso!


SONHO Para Aécio, com mais 4 anos de mandato, é fácil falar em radicalizar a oposição. Mas os tucanos eleitos governadores precisam do Governo Federal para resolver seus problemas locais e não vão querer problemas nesta relação.


DESUNIÃO Não é exclusividade do PMDB. Antes do retorno de Aécio e de seu discurso pregando oposição permanente, alguns tucanos já tinham alinhavado um ‘acordão’ com o Planato em alguns temas pontuais. É assim que funciona.


NO BRASIL os partidos são apenas condutores e os políticos seus usuários sem compromissos maiores. Diferente dos ‘States’, onde a democracia acaba de nos dar um exemplo de comprometimento partidário com Republicanos e Democratas.


O POLÍTICO aqui trai seu partido desde a eleição. Eleito, negocia com a oposição ignorando seu partido. Exemplo do comprometimento que nos falta foi a postura ativa do casal Clinton, pedindo votos nos palanques para os candidatos democratas.


RETALIAÇÃO O governador Beto Richa sofre na pele as consequências porque o Planalto queria eleger a poderosa Gleise. Azambuja ouviu do próprio colega suas agruras e já preparou o espírito para as mais estranhas hipóteses nesta relação.


UMA DELAS é que o Planalto evitaria ao máximo a parceria com o Estado, optando diretamente pelas prefeituras, quando for o caso. Na pratica não seria tão fácil devido as diferentes naturezas que envolvem caso a caso. Mas não deixa de ser preocupante.


AS NOTÍCIAS já revelam a preocupação de Azambuja e seu pedido para que os recursos das emendas sejam canalizadas ao Estado mostram isso. Mas será que todos os parlamentares vão concordar com esse pedido sem pedir nada em troca?


FADIGA Se o PSDB perdeu em MG após 12 anos, embora bem avaliado – a exemplo do PMDB no MS em 8 anos, conta a soberba, as ‘ondas do contra’, o desalinhamento das candidaturas majoritárias e a vingança de quem teve seus pleitos negados.


‘CÁ ENTRE NÓS’ O recado das urnas nas eleições da capital não foi assimilado pelo PMDB no poder por 16 anos consecutivos. A centralização do comando tem provocado insatisfações internas como já manifestaram Nelsinho, Fábio e Marcos Trad.


HABILIDADE As notícias sobre a escolha dos nomes da futura equipe e do comando da Assembleia Legislativa mostram o bom trânsito de Azambuja no PMDB inclusive. Aliás, os deputados peemedebistas já se sentem incorporados ao novo governo.


AS MANIFESTAÇÕES no PMDB começaram pelo senador Moka que habilmente quer ser o cicerone de Azambuja em Brasília. Experiente e com peso indiscutível deve abrir ou arrombar as portas se preciso for para conseguir benefícios. Isso conta.


‘PEPINOS’ O maior deles é o conflito da demarcatória indígena. A responsabilidade de Azambuja aumentou a medida do apoio que teve dos ruralistas e do clima cada vez mais cético que paira entre os mesmos. É o caso do Ricardo Bacha, por exemplo.


INCÊNDIO O aumento do valor do IPTU, do salário dos professores e a tarifa de ônibus provocaram turbulência entre prefeitura e câmara. Até o experiente Edil acha que é preciso cautela para evitar que as ‘chamas fiquem incontroláveis’.


‘VIAJAR É PRECISO’ Não importa para onde e porque; o lema de muitos vereadores do interior. Teriam tantos assuntos pertinentes para virem a capital com tamanha frequência? O povo de Ribas do Rio Pardo e Naviraí está p. da cara com razão.


O TEMA é repetitivo até, mas diante da continuidade dos abusos ‘das diárias de viagens’, temos que incluí-lo nesta pauta. E cá entre nós, num pente fino nas câmaras municipais do interior, tenho dúvidas se teremos sobreviventes ou inocentes.


“A tocaia é a grande contribuição mineira à cultura universal” ( Otto Lara Resende)

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