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'Não fiz nada', diz suspeito de manter jovem em cárcere privado em MS

G1MS - 06 de dezembro de 2014 - 17:19

O jovem Rafael Ribeiro Amorim, 24 anos, suspeito de manter a companheira em cárcere privado, negou o crime e disse que a vítima é mentirosa, durante coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (5), em Campo Grande. A jovem de 25 anos foi resgatada depois de pedir ajuda a uma vizinha por mensagem de celular.

"Nada que ela está dizendo é verdade. Meu arrependimento é de estar com uma mulher mentirosa, porque eu não fiz nada. Eu me alego inocente", afirmou o suspeito na 4ª Delegacia de Polícia Civil, no bairro Moreninhas.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Tiago Macedo, a jovem disse em depoimento que só podia sair junto com o suspeito e que não procurou a polícia antes por falta de oportunidade.

Ainda segundo Macedo, a vítima tem uma cicatriz de cerca de 7 centímetros provocada por canivete e relatou que o suspeito ligava o som para que ninguém pudesse ouvir gritos delas.

"Em casos de cárcere privado, onde não há testemunhas, o depoimento da vítima ganha peso relevante", afirmou Macedo. Segundo a polícia, o casal está junto há dois anos e as agressões começaram há 1 ano e meio. A vítima foi ouvida na quinta-feira (4) e pediu para voltar a morar com a família. Ela fez exame de corpo delito no Imol e foi encaminhada para Taquarussu, a 318 km de Campo Grande.

Asfixia
O delegado relatou também que, segundo a vítima, o suspeitou teria tentado sufocar o filho do casal, de 2 meses, no domingo (30). Essa denúncia será encaminhada para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).

Além do cárcere privado, ele também é suspeito de ter agredido um policial ao chegar na delegacia. O delegado disse que, ao chegar na delegacia, o suspeito não quis ser revistado, nem entrar na cela e deu um soco na boca de um policial. Em depoimento, ele negou as acusações e também negou agressão ao policial e disse ter sido agredido pelo agente.

"Ele é frio e persuasivo, negou as acusações e encara isso como um problema de casal". O delegado disse também que a mãe dele foi ouvida e afirmou que o filho é muito agressivo e uma pessoa impossível de se conviver, que ele não gosta de ser contrariado e já agrediu o pai na adolescência.

O rapaz foi indiciado por cárcere privado, lesão corporal dolosa (violência doméstica), lesão corporal dolosa por ter agredido um policial e resistência. Ele já tem passagens por violência doméstica e porte ilegal de arma de fogo.

O delegado representou pela prisão preventiva, que foi concedida hoje e o suspeito será encaminhado para o presídio de trânsito, após passar pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol). O inquérito deve ser concluído em 10 dias. O delegado ainda vai ouvir testemunhas e aguarda laudos para dar prosseguimento ao inquérito.

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