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‘Eleições não são olimpíadas: só vale ganhar’

Manoel Afonso - 03 de outubro de 2014 - 21:15

‘Eleições não são olimpíadas: só vale ganhar’

‘Eleições não são olimpíadas: só vale ganhar’
Manoel Afonso

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TANTO FAZ... Qual o percentual de eleitores indecisos que assistiram aos debates da Rede Globo? Além dos politizados, a maioria que assistiu tem algum interesse no pleito. Portanto há mais fantasias do que verdades sobre a importância dos debates.

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FRANCAMENTE... Uma entrevista objetiva com os candidatos daria melhor visão das propostas e do potencial de cada candidato. Repito: esse engessamento pelas regras torna o debate enfadonho, de respostas previsíveis. Nada acrescenta e não decide.

NO DEBATE da TV Morena as propostas deram lugar a acusações e colocações divorciadas das perguntas. Azambuja insistiu no caso Petrobras, sem expor seu plano de governo e Evander Vendramini pedia votos para os candidatos do PP.

A GLOBO Apesar da estrutura dela, o debate pecou pelo formato e insegurança do robotizado Willian Bonner. Temas importantes que deveriam ser melhores debatidos deram lugar a assuntos de pouca relevância. Ao final chegou a dar sono.

CONSTRANGEDOR Aécio foi o grande perdedor. Inábil, provocou Marina que respondeu com críticas ácidas à reeleição de FHC e ao mensalão de MG. Ficou clara a impossibilidade de uma coalizão entre ambos num eventual 2º turno.

ENCRUZILHADA Se a vitória de Dilma lembra um tiro na nossa nuca, a vitória de Marina é a roleta russa com 5 balas no revólver contra apenas uma chance de salvação. O eleitor de Marina não tem qualquer identidade com Aécio e com o PSDB.

IMAGEM Ela conta muito. Aí os marqueteiros de Azambuja pecaram esquecendo da maquiagem para amainar o seu rosto cansado. Para piorar, o candidato sumiu dentro daquele enorme e horrível paletó de cor preta. Seria o caso de demissão sumária.

MESMICE Nada de novo no horário eleitoral, no conteúdo e formato apesar dos avanços tecnológicos no setor. Aliás, seguiu os velhos padrões nacionais ditados pelos tais marqueteiros que vendem pacotes de ‘milagres’ para todos os Estados.

CONCLUSÃO: Não será o debate da TV Morena que ditará os rumos desta eleição. A emissora não faz a cabeça do eleitor. Seu jornalismo é opaco, sem estilo próprio, a ponto de continuar trazendo um profissional de fora para conduzir esse evento. Pode?

‘CHEGADA’ Claro, cada eleição tem suas peculiaridades, mas os observadores experientes lembram que conta muito a estrutura dos candidatos nesta reta final. O percentual de indecisos poderá ou não provocar o segundo turno no MS.

ACIRRADA Pelo menos 10 candidatos de peso vão disputar as 8 vagas para a Câmara Federal. As pesquisas demonstram que a diferença é relativamente pequena entre eles e como têm colégios eleitorais diferentes, fica difícil uma avaliação mais precisa.

DETALHES Apesar da fonoaudiologia, Vander ainda tem dificuldades de expressão e na reta final foi ajudado por Delcídio na TV. Já Zeca do PT - preferiu a propaganda diferenciada, bem ao seu estilo e com o depoimento influenciador de Lula.

DIVISÕES Existem tanto no PMDB como no PT. Por motivos óbvios André não apareceu pedindo votos para Fábio e Marcos Trad por exemplo. No PT a distância estratégica entre Delcídio e Zeca foi mantida sutilmente ao longo da campanha.

A DÚVIDA Será que pessoal indeciso nas pesquisas não estaria na verdade à espera de um ‘milagre’ por parte dos candidatos à Câmara e Assembleia? Afinal neste país não há desinteresse ou dúvida que resista a uma boa proposta de vantagem.

PERGUNTO: Qual seria o percentual de eleitores que assistiram o horário eleitoral pelo menos na TV? Será que esses programas pesarão diretamente no voto? Será que o eleitor votará na ‘cola’ que lhe foi repassada, ou fará a escolha pessoalmente?

O PODER Seduz! Enganou-se quem imaginava que Getúlio Gideão (68), ex-deputado e ex-prefeito de Nova Andradina, tivesse se desiludido com a política. Após anos no ostracismo voltou e tenta uma vaga na AL pelo Partido Verde. Sem chances.

ORIZON Impossível não gostar dele. Sua discrição mineira ajudou-lhe na convivência íntima dos poderosos da governadoria, AL e TC há mais de 30 anos. É testemunha de episódios que não chegaram à mídia. Conhece bem os meandros do poder.

DINAMISMO Cícero de Souza não dormirá até tarde após aposentadoria e nem terá tempo para crise existencial. Cercado de gente dinâmica e amiga da época anterior a sua vida pública, tem talento para trabalhar fazendo exatamente o que gosta.

‘CRUZADAS’ Também nestas eleições a Igreja Católica não assumiu publicamente seus candidatos, ao contrário do que fizeram as outras igrejas. A propaganda na TV e os cartazes dos candidatos evangélicos mostram claramente essa afirmação religiosa.

CONQUISTAS Os candidatos evangélicos ressaltam a importância da participação de cada igreja nos bairros e nas cidades do interior. O deputado Lídio, por exemplo, confessa: “em cada cidade tenho naturalmente um grupo cristão apoiador”.

ESTRANHO Embora tenha feito a opção pelos pobres, a Igreja Católica continua fria. Se os pastores assumem papel de condutores políticos, os padres se omitem. O deputado Pedro Kemp tem razão quando reclama desta omissão da Igreja Católica.

MARKETING O candidato a deputado estadual Abadio Rezende fez circular pelas ruas da capital um caminhão carregando um automóvel velho. Faixas lembravam que tal qual o carro, a Assembleia Legislativa estava velha, precisando de reformas.

“A Rede Globo só mostrou os 3 candidatos das famílias ricas”. (Luciana Genro)

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