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Repórter News

Assaltos e concorrência fecham 60 farmácias, diz sindicato

G1 MS - 09 de dezembro de 2014 - 19:27

O grande número de farmácias assaltadas em Campo Grande, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos (Sinprofar/MS), foi o principal motivo para o fechamento de 60 estabelecimentos do ramo este ano. A Polícia Civil também disse ao G1 que as farmácias, principalmente no período noturno, se tornaram alvo de roubos.

Um outro motivo, conforme o sindicato, seria o alto custo e carga tributária para manter o negócio. “Ficou bem complicado e por isso tantas farmácias fecharam as portas este ano. Inclusive o número pode ser ainda maior se não contarmos aquelas sindicalizadas. Na capital do Estado, os empresários e farmacêuticos ainda enfrentam a chegada das grandes redes”, comenta o presidente do Sinprofar/MS, Roberto Rosa.

“Atualmente temos cerca de 200 farmácias sindicalizadas e a maioria dos proprietários reclama dos assaltos. Eles pedem mais segurança, policiamento, porém cobramos e só sentimos a ação pós-assalto. Muitos tiveram de diminuir o horário de atendimento e dispensar funcionários, influenciando também no lucro”, afirma o presidente do Sinprofar/MS, Roberto Rosa.

Com uma farmácia na avenida Manoel da Costa Lima, Vila Piratininga, a farmacêutica Rosenéia Ticianel, de 41 anos, diz que precisou de contratar dois seguranças para se sentir mais segura. “O antigo dono aqui foi vítima de vários assaltos, em 30 anos de funcionamento. Estou há cinco meses, por enquanto está tranquilo, mas as reclamações dos colegas são muitas. Por isto, aposto na prevenção”, diz a empresária.

Na mesma quadra do seu comércio, existe uma unidade de uma rede de farmácias. O gerente não quis se pronunciar sobre o assunto, mas nesta segunda-feira (8), o local foi vítima de roubo. “Eles possuem banco 24h e por isso ficam visados. E também estamos em uma avenida de fuga rápida para motociclistas, por isso todo cuidado é pouco”, finaliza Ticianel.

Período noturno
O delegado titular da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (Derf), Fabiano Nagata, disse que os criminosos geralmente monitoram aqueles locais que deixam apenas um funcionário no período noturno.
“Eles não são assaltantes que fazem grandes roubos, planejados com muita antecedência. Geralmente são pessoas que se juntam para cometer estes delitos e, em seguida, comprar droga. Das abordagens na via pública, eles adentram estes locais, como as farmácias, para pegar uma pequena quantidade de dinheiro e muitas vezes colocam até os produtos da loja na mochila”, afirma o delegado.

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